Os antivírus são realmente confiáveis?
Coluna foi publicada no domingo (03)
Quando o assunto é segurança da informação, a primeira recomendação fornecida é a instalação de um software antivírus e antispyware para proteger seus dispositivos informáticos. Os vírus de computador existem há muitos anos, mas ainda hoje causam grande impacto no mundo digital. Aproximadamente 13% dos dispositivos do mundo estão infectados com alguma praga virtual, segundo um levantamento feito pela Kaspersky Lab.
A instalação de um software antivírus pode proteger o computador de uma grande quantidade de ameaças virtuais. Apesar disso, é preciso estar sempre atento à proteção do seu dispositivo, pois a segurança que o fabricante do antivírus promete pode não ser tão eficaz quanto ele afirma ser.
Um estudo realizado pela empresa de tecnologia Imperva, em parceria com a Universidade de Tel Aviv, comprovou, após testar 82 novos tipos de códigos maliciosos (malware), que nenhum dos 40 tipos de antivírus mais utilizados no segmento foi capaz de detectar a presença desses malwares. Isso ocorre devido ao período que os fabricantes de antivírus levam para descobrir e desenvolver a vacina contra cada tipo de praga virtual identificada. Esse período pode chegar a até 100 dias. Sendo assim, por melhor e mais caro que seja o seu antivírus, você pode ficar mais de 3 meses desprotegido.
Ainda assim, é melhor ter um software antivírus instalado no computador do que não ter nenhum, pois nos dispositivos desprotegidos o índice de infecção é três vezes maior em relação aos que possuem algum tipo de programa de proteção.
Não podemos descuidar também das outras dicas de segurança, além da utilização do software antivírus, é preciso verificar se as opções de atualização do sistema operacional do dispositivo estão habilitadas. Essas atualizações são muito importantes, pois corrigem as falhas que os malwares exploram para invadir o equipamento.
Outra dica importante é ter bastante cuidado com os e-mails. Procure sempre identificar a procedência da mensagem eletrônica, principalmente as que possuem arquivos anexados ou links que direcionam para endereços eletrônicos desconhecidos. Esses e-mails, normalmente, possuem mensagens genéricas não direcionadas especificamente à vítima e, por meio da técnica de phishing, induzem o internauta a clicar em um link para instalar o malware, nos casos em que o antivírus pode e é capaz de detectar.
Mesmo com todos esses cuidados, ainda será fundamental a atitude do usuário quando o antivírus faz o papel que se espera dele e detecta um vírus, alertando o usuário sobre a presença de uma possível ameaça e, mesmo assim, o usuário opta por executar ou abrir o arquivo. Nesses casos, não existe software antivírus ou dicas de segurança que garantam a segurança dos dados e das informações do usuário, haja vista que a autoconfiança, a impulsividade ou a curiosidade do usuário irá deixá-lo entregue ao fator sorte.
Portanto, segurança da informação é muito mais do que possuir um bom antivírus, é preciso estar atento e manter no ambiente virtual o mesmo estado de alerta que mantemos nas ruas das nossas cidades. Fica essa superdica para os leitores da coluna!