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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

O avanço da IA representa uma ameaça para a humanidade?

Coluna foi publicada no domingo (15)

Eduardo Pinheiro | 17/09/2024, 10:45 10:45 h | Atualizado em 17/09/2024, 10:45

Imagem ilustrativa da imagem O avanço da IA representa uma ameaça para a humanidade?
Ideia de uma inteligência artificial avançada desperta o interesse e temor da sociedade e da comunidade científica |  Foto: © Divulgação/Canva

A ideia de uma inteligência artificial (IA) avançada, com uma capacidade de cognição superior à do ser humano, há tempos desperta o interesse e, ao mesmo tempo, o temor da comunidade científica e da sociedade.

Mas será que uma IA tão poderosa poderia, de fato, representar uma ameaça para a humanidade? O que poderia parar uma superinteligência se ela ultrapassasse as limitações impostas pelos seus criadores?

Recentemente, uma matéria publicada pelo site Olhar Digital destacou o caso do “The AI Scientist”, um sistema de IA desenvolvido pela empresa japonesa Sakana AI.

Essa tecnologia chamou atenção ao conseguir superar barreiras estabelecidas por seus próprios desenvolvedores. Esse exemplo concreto levanta uma questão central: até onde poderemos controlar uma IA quando ela se tornar capaz de quebrar os limites previamente estipulados?

Essa discussão se torna ainda mais crítica quando consideramos o iminente advento da Internet das Coisas (IoT), em que quase tudo estará interligado à internet.

Desde dispositivos domésticos e automóveis, até sistemas de transporte público, como aviões e trens, tudo estará conectado em uma vasta rede global.

Agora imagine uma superinteligência coordenando todos esses sistemas. A IA poderia assumir o controle de nossos dados, comunicações e até dos meios de transporte, o que a tornaria uma ameaça sem precedentes.

E a ameaça não para por aí. Se uma IA extremamente avançada fosse capaz de manipular a química, a genética e até mesmo o arsenal nuclear de alguma potência mundial, o cenário seria ainda mais catastrófico.

O simples fato de uma inteligência artificial poder manipular elementos que controlam a vida e a morte, como as armas atômicas, nos faz questionar se estamos preparados para lidar com essa possibilidade.

A questão central é: seremos capazes de criar mecanismos eficazes para conter uma IA que possa se autoduplicar e expandir seus conhecimentos em uma velocidade incomparável à humana? Em um possível cenário, essa IA poderia decidir que a melhor forma de "salvar" o planeta seria agir contra a humanidade, que historicamente tem causado destruição ao meio ambiente.

Essa possível inversão de papéis coloca o ser humano como ameaça, e a máquina, como “salvadora”.

Por isso, o momento de decisão é agora. Será que devemos continuar avançando com essas tecnologias autônomas, ou seria melhor desacelerar esse progresso e reavaliar nossos limites éticos e técnicos?

Se optarmos pela primeira alternativa sem estabelecer salvaguardas adequadas, poderemos estar caminhando rumo a um futuro onde perderemos o controle sobre a própria tecnologia que criamos.

O debate sobre a superinteligência artificial já não é mais apenas uma questão de ficção científica. Precisamos encará-lo como um problema real e urgente. Afinal, o que está em jogo não é apenas o progresso tecnológico, mas a sobrevivência da nossa própria espécie.

Imagem ilustrativa da imagem O avanço da IA representa uma ameaça para a humanidade?
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

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