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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

Brasileiros na mira de golpistas

Vazamento de 46 milhões de chaves Pix acende alerta sobre golpes e reforça a importância da consciência digital

Eduardo Pinheiro, Colunista de A Tribuna | 28/07/2025, 13:10 h | Atualizado em 28/07/2025, 13:10

Imagem ilustrativa da imagem Brasileiros na mira de golpistas
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação. |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Mais um capítulo alarmante marca a fragilidade da segurança digital no Brasil. Nesta semana, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou uma nota oficial alertando sobre um megavazamento de dados do sistema SISBAJUD — plataforma utilizada para rastrear ativos financeiros por ordem judicial.

O incidente expôs informações cadastrais sensíveis de mais de 46 milhões de chaves Pix, pertencentes a cerca de 11 milhões de correntistas brasileiros.

As informações acessadas de forma indevida incluem nome completo, CPF, instituição bancária, número da agência, conta corrente e a própria chave Pix (que pode ser o e-mail, CPF ou número de telefone da vítima).

Embora o CNJ tenha assegurado que dados críticos, como senhas e extratos bancários, não tenham sido comprometidos, o estrago está longe de ser pequeno.

Além de violar frontalmente os princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o vazamento lança milhões de brasileiros na linha de tiro dos golpistas.

Com esses dados em mãos, criminosos digitais passam a ter uma base sólida para aplicar engenharias sociais — técnicas de manipulação que visam enganar as vítimas e extrair informações adicionais, como senhas bancárias ou códigos de autenticação.

É esperado, nas próximas semanas, um crescimento exponencial de mensagens falsas enviadas por e-mail, SMS, WhatsApp ou até ligações telefônicas.

Essas comunicações fraudulentas, geralmente bem elaboradas, simulam alertas de segurança dos bancos, informando, por exemplo, a necessidade de “recadastramento da chave Pix” ou “atualização dos dados da conta”.

O perigo está exatamente na aparência de legitimidade dessas mensagens.

Uma vez que os golpistas sabem o nome do correntista, seu CPF, a agência e o banco em que ele tem conta, a chance da vítima cair no golpe é grande.

Mesmo que os dados vazados não permitam acesso direto às contas bancárias, é fundamental lembrar que a engenharia social é a arma mais eficaz dos cibercriminosos.

Eles não precisam invadir o sistema bancário; basta convencer o próprio usuário a entregar o que falta.

A partir de uma mensagem convincente e contextualizada, a vítima pode, sem perceber, fornecer os elementos que faltam para que o golpe se concretize.

Diante desse cenário, o melhor a fazer é adotar uma postura de desconfiança ativa. Nunca clique em links recebidos por mensagens ou e-mails que alegam problemas com sua conta bancária.

Não forneça dados pessoais por telefone, mesmo que quem ligue afirme ser do banco.

A recomendação mais segura é sempre procurar o gerente da sua conta diretamente na agência, ou utilizar os canais oficiais de atendimento, disponíveis nos aplicativos bancários.

Estamos diante de mais um alerta de que a cibersegurança é responsabilidade de todos. Enquanto os órgãos de Justiça e as instituições financeiras reforçam suas barreiras tecnológicas, cabe ao cidadão reforçar sua consciência digital.

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