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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

As armadilhas dos aplicativos nossos de cada dia

Mesmo em lojas oficiais, apps maliciosos driblam filtros, espionam usuários e roubam dados; entenda como se proteger dessas armadilhas digitais

Eduardo Pinheiro, colunista do Jornal A Tribuna | 23/06/2025, 13:54 h | Atualizado em 23/06/2025, 13:54

Imagem ilustrativa da imagem As armadilhas dos aplicativos nossos de cada dia
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Você já parou para pensar se aquele aplicativo de lanterna, de horóscopo ou de limpeza de arquivos temporários que você instalou no celular pode estar espionando a sua vida?

Pois é, o que parece ser apenas mais uma ferramenta útil pode ser uma verdadeira armadilha digital. E o pior: esse tipo de ameaça nem sempre vem de fora das lojas oficiais.

Um levantamento recente feito pela empresa especializada Zscaler revelou um dado alarmante: mais de 200 aplicativos maliciosos foram identificados na Google Play Store, com cerca de 8 milhões de downloads ao longo de um ano.

Esses números nos mostram que mesmo plataformas oficiais podem falhar em detectar a verdadeira natureza dos aplicativos. É o que os especialistas chamam de falso negativo: o app é aparentemente lícito, passa pelos filtros da loja, mas, com o consentimento do usuário, agrega permissões que o tornam uma ameaça real.

Afinal, basta que você clique em “aceitar” para que ele tenha acesso ao microfone, à câmera, à sua localização ou a todos os arquivos do seu telefone.

E aqui está o ponto-chave: todo aplicativo que solicita permissões incompatíveis com sua finalidade deve ser visto com desconfiança. Por que um app de horóscopo precisa da sua localização em tempo real? Por que uma simples lanterna quer acesso ao seu microfone? Não faz sentido.

E é justamente nesse tipo de incoerência que mora o perigo.

Quando isso ocorre, é sinal claro de que o objetivo real não é oferecer um serviço, mas sim coletar seus dados, espionar seus hábitos, instalar outros aplicativos clandestinos, roubar senhas e dados bancários ou vender suas informações para empresas de publicidade ou, pior, para criminosos virtuais.

A boa notícia é que com alguns cuidados simples é possível reduzir significativamente os riscos. Veja algumas dicas valiosas:

I- Evite instalar aplicativos que não sejam essenciais;

II- Fique atento às permissões solicitadas;

III- Dê preferência a apps bem avaliados e com muitas análises de usuários reais;

IV- Use um antivírus confiável no seu smartphone, e por fim,

V- Revise periodicamente os aplicativos instalados no seu aparelho. Aliás, este último ponto é crucial. Muitos usuários instalam um app, utilizam uma vez e depois esquecem que ele está ali, em segundo plano, acessando tudo o que puder.

Esses aplicativos, mesmo inativos, podem seguir funcionando, enviando informações silenciosamente para servidores suspeitos ao redor do mundo.

E quanto mais tempo ficam instalados, mais dados eles podem capturar — um risco que poucos percebem, mas que pode custar caro.

No mundo digital, o maior erro que você pode cometer é acreditar que está seguro só porque baixou o aplicativo de uma loja oficial. A vigilância deve ser constante. Desconfie, revise, questione. Afinal, o celular é uma extensão da nossa vida — e é justamente por isso que os golpistas o transformaram em alvo preferencial.

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