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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

A idade certa para um mundo digital perigoso

Nova idade mínima do Instagram alerta pais sobre riscos do uso precoce de redes sociais por crianças e a urgência de mediação digital na infância

Eduardo Pinheiro, colunista do Jornal A Tribuna | 16/06/2025, 13:48 h | Atualizado em 16/06/2025, 13:48

Imagem ilustrativa da imagem A idade certa para um mundo digital perigoso
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Nesta semana, o Ministério da Justiça anunciou uma medida importante: o aumento da idade indicativa para o uso do Instagram, de 13 para 16 anos. Embora simbólica, a decisão lança luz sobre uma realidade preocupante: o uso precoce de plataformas digitais por crianças e adolescentes, muitas vezes com o aval dos próprios pais, que ignoram os riscos associados à navegação em redes de acesso irrestrito e sem controle de conteúdo.

A alteração da idade no Instagram tem como objetivo alertar famílias sobre os perigos reais aos quais seus filhos estão sendo expostos diariamente. A internet é um espaço onde tudo se conecta, inclusive o que há de mais nocivo.

E quando falamos de redes sociais, jogos on-line ou aplicativos de mensagens instantâneas, estamos falando de ambientes em que crianças e adolescentes têm contato com conteúdos violentos, sexualizados, além de desafios perigosos, práticas de automutilação e, em casos extremos, estímulo ao suicídio.

Infelizmente, muitos pais negligenciam a idade mínima recomendada pelos próprios aplicativos, indicações construídas com base em estudos psicológicos, comportamentais e pedagógicos, e deixam seus filhos acessarem o que quiserem, desde que “fiquem quietos”. É como entregar as chaves do carro para uma criança que mal aprendeu a andar.

E falo com propriedade. Como pai de uma menina de 10 anos, recebo com preocupação o relato de que muitas de suas colegas de escola já têm perfis em redes sociais e grupos no WhatsApp.

Além dos conflitos comuns da infância, que acabam ganhando dimensões desproporcionais nesses ambientes, há o constante risco de exposição a conteúdos inapropriados, de conflitos interpessoais se tornarem públicos e do aliciamento por desconhecidos disfarçados de “amigos”.

O problema não está apenas na tecnologia, mas na ausência de mediação e orientação. Crianças e pré-adolescentes ainda não estão prontos para lidar sozinhos com os perigos do mundo digital.

A formação de sua identidade, sua autoestima e a capacidade de discernimento ainda estão em construção. Sem supervisão, essas ferramentas, que poderiam ser educativas e recreativas, tornam-se verdadeiras armadilhas.

Os pais precisam assumir o papel de anjos protetores dos filhos. Isso inclui respeitar a idade indicativa dos aplicativos, mesmo diante da insistência.

As restrições não são censura, são cuidado. Quando minha filha me perguntou por que eu estava instalando um aplicativo de controle parental no celular dela, respondi, sem hesitar: “Não é para te vigiar, é para te proteger”.

Essa frase resume o que todo pai e mãe precisa compreender sobre o papel da família na era digital: educar é mais difícil do que permitir. A tentação de ceder ao “todo mundo tem” é grande. Mas o preço de ignorar os alertas pode ser alto demais.

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