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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

Ameaça por trás da biometria

O desconforto invisível por trás da coleta de biometria facial

Eduardo Pinheiro, Colunista de A Tribuna | 17/11/2025, 13:28 h | Atualizado em 17/11/2025, 13:28

Imagem ilustrativa da imagem Ameaça por trás da biometria
Eduardo Pinheiro. |  Foto: Divulgação

A vida moderna nos apresenta desafios que simplesmente não existiam há algumas décadas. Hoje, ao entrarmos em uma escola, visitarmos um shopping, acessarmos um condomínio ou apenas caminharmos pela rua, somos constantemente observados por câmeras que registram cada movimento.

Em muitos desses ambientes, antes mesmo de avançarmos alguns metros, somos submetidos a uma identificação prévia que coleta a nossa fotografia e, com ela, a nossa biometria facial.

É um procedimento que já parece natural, mas que, no fundo, desperta certo desconforto difícil de ignorar. Mesmo compreendendo a lógica da segurança e do controle de acesso, algo nessa rotina de “entregar o rosto” ainda provoca uma sensação de desconfiança.

Intuitivamente, percebemos que há mais camadas nessa história — e que nem sempre essas camadas nos são explicadas. A verdade é que a biometria se transformou na credencial de acesso universal para quase tudo: prédios, aplicativos, bancos, serviços digitais e até sistemas públicos.

Mas, diante dessa dependência crescente, surge a pergunta mais importante: quem garante a segurança desses sistemas que usam inteligência artificial para identificar cada detalhe do nosso rosto?

Em muitos casos, não estamos exatamente “fornecendo” nossa biometria, mas vivendo uma coleta quase compulsória, disfarçada de modernidade e eficiência. A oferta é apresentada como vantagem, mas as respostas sobre finalidade, riscos e proteção ainda são frágeis.

E isso é especialmente preocupante porque a maioria das pessoas desconhece os impactos reais dessa coleta indiscriminada.

Os riscos vão muito além do mero incômodo. Um vazamento de biometria facial, por exemplo, causa danos permanentes — afinal, senha a gente troca, rosto não. Há ainda o uso indevido da biometria em fraudes, violações de privacidade, manipulação de dados por IA e até rastreamento sem consentimento.

São consequências graves, que podem acompanhar uma pessoa por toda a vida digital e real.

Mas nem tudo está perdido. Algumas recomendações simples podem oferecer uma camada adicional de proteção nesse cenário ainda nebuloso.

Sempre pergunte se existe outra forma de acessar o local sem precisar fornecer biometria. Solicite a Política de Privacidade da organização e peça o contato do Encarregado de Dados, obrigatório pela LGPD.

Indague quais procedimentos serão adotados em caso de vazamento e questione sobre o tempo de armazenamento da sua biometria no sistema.

São direitos básicos e garantidos pela LGPD, mas pouco conhecidos. Vivemos um tempo em que todo cuidado é pouco, especialmente quando os nossos dados pessoais são processados por ferramentas cada vez mais complexas de inteligência artificial.

A senha, quando vaza, a gente muda. Mas quanto ao rosto… ainda não inventaram um modelo para substituir o original. Então fica o nosso alerta!

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