A morte das senhas

Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Arquivo AT

Atualmente, já faz parte do senso comum entre os especialistas no assunto, que as senhas por si só, não são mais suficientes para garantir a segurança no mundo digital. A evolução da tecnologia e o aumento das ameaças cibernéticas tornaram imperativo adotar medidas adicionais, para blindar nossas informações sensíveis.

Embora as senhas sejam uma forma comum de autenticação, elas estão suscetíveis a diversas vulnerabilidades. Muitos usuários ainda utilizam senhas fracas e previsíveis, como sequências numéricas simples ou palavras óbvias. 

Leia mais sobre Mundo Digital aqui

Essas senhas podem ser facilmente adivinhadas por hackers, que utilizam programas automatizados para realizar ataques de força bruta.

Além disso, a prática de reutilizar senhas em diferentes contas é um problema grave. 

Se uma senha é comprometida em um serviço, todas as outras contas que compartilham a mesma senha se tornam vulneráveis. 

Portanto, é essencial adotar senhas exclusivas para cada serviço utilizado, minimizando o impacto de uma eventual violação de segurança, como um vazamento em massa de senhas.

Porém, mesmo senhas complexas e exclusivas não são garantia suficiente contra ataques cibernéticos. É aí que entra a importância da autenticação de dois fatores e outros recursos de segurança adicionais. 

A autenticação de dois é um método que combina algo que o usuário sabe (senha), com algo que ele possui, como um dispositivo móvel, ou algo  único, como sua impressão digital.

Com esse recurso de segurança adicional ativado, além de digitar a senha, o usuário precisa fornecer um segundo fator de autenticação, para provar que é realmente ele quem está tentando acessar a conta. 

Isso pode ser feito por meio de um código gerado em um aplicativo de autenticação, uma mensagem de texto com um código único ou até mesmo por meio de leitura biométrica. 

Essa camada adicional de segurança dificulta, significativamente, o acesso indevido às contas, mesmo se a senha for comprometida.

Além da autenticação de dois fatores, outras medidas de segurança devem ser consideradas para fortalecer a blindagem digital. 

Isso inclui o uso de soluções de segurança atualizadas, como antivírus e firewalls, para proteger contra malwares e invasões.

É fundamental manter os sistemas operacionais e aplicativos atualizados, pois as atualizações, muitas vezes, incluem correções de segurança importantes.

Em resumo, as senhas sozinhas não podem mais garantir a segurança no mundo digital. 

A autenticação de dois fatores e outros recursos de segurança, como atualizações regulares, soluções de segurança confiáveis e boas práticas on-line, são cruciais para fortalecer nossa proteção e blindar nossas informações pessoais. 

Ao adotar essas medidas adicionais, ficamos menos expostos às incontáveis ameaças que rondam o mundo digital.

Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação

Leia mais

Como os idosos podem se proteger dos golpistas

O golpe do leão da Receita Federal ataca novamente

Descubra as maravilhas da casa inteligente