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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

A internet 5G e a inclusão digital no Brasil

Artigo publicado na coluna Mundo Digital, do Jornal A Tribuna

Eduardo Pinheiro | 09/01/2023, 16:27 16:27 h | Atualizado em 09/01/2023, 16:29

Em agosto do ano passado, com a chegada da internet de 5ª geração ao Estado, escrevi um artigo sobre essa novidade tecnológica e fui interpelado por uma leitora, que argumentou que só iria querer saber dessa tecnologia quando ela estivesse acessível a todas as pessoas.

Passado o banho de água fria, após o comentário da leitora, comecei a refletir sobre sua observação e fiz uma viagem no tempo, para resgatar como se procedeu a invenção de outras tecnologias que impactaram a humanidade.

Em breve pesquisa e exercício mental, fui resgatando invenções que transformaram o mundo, como a energia elétrica, a televisão, o rádio, o telefone, o automóvel, o computador, a internet e os smartphones.

Teriam essas tecnologias, logo que foram lançadas, alcançado grandes contingentes de pessoas? Foram inclusivas? A maioria da população possuía poder aquisitivo suficiente para aderir a nova tecnologia?

Para tentar responder a essas perguntas, tomei como base a invenção do telefone e da televisão.

O telefone, inventando ainda no século XIX, mais precisamente no ano de 1876, pelo cientista norte-americano Alexander Graham Bell, somente começou a ser utilizado em massa, no Brasil, nos anos de 1980, mais de um século após a sua invenção.

Já a televisão, invento dos anos de 1920, chegou ao Brasil em 1941, por meio do empresário Assis Chateaubriand, que fundou a TV Tupi, mas só começou a se popularizar em todas as camadas da sociedade, nos anos de 1970, impulsionada pela Copa do Mundo, no México.

Ao analisarmos a massificação das outras tecnologias, a energia elétrica, o rádio, o automóvel, o computador, a internet e os smartphones, entre tantas outras, vamos observar que nenhuma delas foi inclusiva, nas primeiras décadas do seu surgimento. 

E todas pelo mesmo motivo. Em geral, as novas tecnologias surgem caras, devido aos altos valores investidos em seu desenvolvimento. Todavia, com o retorno do investimento inicial, gradativamente passam por um processo de barateamento e massificação.

A implantação da tecnologia 5G também será gradativa. Começou em 2022, pelas capitais brasileiras, e prosseguirá com as cidades com mais de 500 mil habitantes (até julho de 2025); mais de 200 mil habitantes (até julho de 2026); mais de 100 mil habitantes (até julho de 2027) e, finalmente, nas cidades com mais de 30 mil habitantes (até julho de 2028).

Portanto, cara leitora, tenha só um pouquinho de paciência. Nos tempos atuais, o barateamento das tecnologias pega carona em foguetes e, em tempos recordes, de 2 a 5 anos, tornam-se acessíveis à grande maioria da população.

A inclusão digital, no Brasil, já é uma realidade, porém, as vantagens da conexão 5G devem demorar em torno de 5 anos para atingir todo o território nacional. Mesmo assim, em apenas 2 anos, mais de 150 milhões de brasileiros já desfrutarão das altas velocidades da quinta geração de conexão com a internet. É esperar para ver!

Imagem ilustrativa da imagem A internet 5G e a inclusão digital no Brasil
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação. |  Foto: Arquivo/AT
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