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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Só piora

Coluna foi publicada no domingo (20)

Gilmar Ferreira, do jornal A Tribuna | 21/08/2023, 13:33 13:33 h | Atualizado em 21/08/2023, 13:34

Imagem ilustrativa da imagem Só piora
Ao anunciar a convocação, Diniz afirmou que deixou Paquetá de fora por conta da polêmica envolvendo esquema de aspostas |  Foto: Divulgação/CBF

Quando anunciadas, em fevereiro, os resultados da primeira fase da operação “Penalidade Máxima”, capitaneada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Goiás, pensei no pior. E cheguei a manifestar isso aqui, já antevendo que, pela facilidade, a manipulação nos jogos de futebol pudesse ter alcançado o mercado internacional.

Estava nas entrelinhas da narrativa do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, policial por formação e descobridor de um esquema que movimentou milhões em jogos das Séries A e B, a possível participação de jogadores brasileiros em ação no futebol europeu. 

Eis que surgem agora suspeitas do envolvimento de Lucas Paquetá, do West Ham, e de Luís Henrique (ex-Fluminense), em apostas casadas aqui no Brasil.

É bom reforçar os desavisados que o IBJR (Instituto Brasileiro do Jogo Responsável) trabalha para as nove principais casas de apostas do País com checagem no perfil de cada apostador e acompanhamento do fluxo do dinheiro. 

Na oportunidade, André Gelfi, diretor-presidente do órgão, contou que as suspeitas iniciam no indício. Quando evoluem para as evidências as entidades em questão são notificadas.

Ou seja: Paquetá e Luís Henrique, que alegam inocência, terão muito trabalho para se explicar.

Nova era

A convocação de Fernando Diniz para dois jogos da Seleção Brasileira, em setembro, contra Bolívia e Peru, tem doze jogadores da última Copa. 

Os outros onze são jovens, alguns já testados em convocações anteriores, como o meia Raphael Veiga, do Palmeiras, e Matheus Cunha. Um em atividade no futebol brasileiro, e o outro que carrega a frustração por não ter ido ao Mundial do Catar. 

Gostei da relação pela renovação nas laterais, com Vanderson e Caio Henrique (ambos do Mônaco) e Renan Lodi (do Marseille), e também na zaga, com Ibañez (Al-Ahli), Gabriel Magalhães (Arsenal) e Nino (Fluminense). 

Diniz é ótimo no amadurecimento dos jogadores e essas duas posições precisavam iniciar novo ciclo, sem Thiago Silva. 

Para não dizer que a lista agradou por completo, senti falta de um meia controlador de jogo, um pouco mais clássico, ainda que tenha chamado Raphael Veiga. 

Talvez, ele vislumbre tal jogo com Bruno Guimarães, do Newcastle, que na última Copa teve poucas chances. De qualquer forma, a primeira relação garante a ele (Diniz) meios de formar uma seleção com intensidade e talento.

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