Sem saída
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (27)
No conselho técnico de caráter extraordinário que será realizado nesta segunda-feira (27) na sede da CBF, o presidente Ednaldo Rodrigues apresentará a ideia da entidade para retomar o calendário sem desrespeitar o período de férias dos jogadores.
A intenção é aproveitar as quatro datas FIFA de setembro (2 e 10) e outubro (7 e 15) para repor as partidas não realizadas devido às enchentes no Rio Grande do Sul.
O encaixe, no entanto, não dependerá apenas da aceitação dos dez clubes com até três jogos a menos - casos de Atlético/GO, Atletico/MG, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude e Vitória. O novo desdobramento da tabela que será retomada no próximo fim de semana exigirá boa vontade dos 20 participantes - e aí nasce certa descrença na aprovação.
Entre os dez clubes com jogos a cumprir, sete são da Liga Forte União (LFU) e três da Libra. E tenho dúvidas (descrença, até!) quanto à boa vontade dos que foram contra a paralisação da Série A. Houve unanimidade entre os onze da LFU, com apoio de Grêmio e Athletico/PR, na interrupção da disputa. E agora? Flamengo, Palmeiras e Atletico/MG aceitam sacrificar o intervalo de seus jogos.
E cito estes três por terem sido, talvez, os que mais lutaram pela continuidade do Brasileiro. Mas não é só isso. O Flamengo precisa confirmar sua classificação na Libertadores, nesta terça-feira (28), no Maracanã, mas o mais provável é que os três estejam nas oitavas das duas Copas - a da CBF e da Conmebol. Não acredito na boa vontade deles de ter de apertar o calendário para ajustar a tabela.
Enfim, como a ideia de não haver rebaixamento foi descartada pelo presidente Edinaldo durante o jogo solidário na tarde deste domingo (26), no Maracanã; e como também não está nos planos da entidade estender a Série A para além do dia 08 de dezembro, esta será a oportunidade de ele, Ednaldo, medir a quantas anda sua articulação política. Lembrando que a prioridade é a adequação das datas da Conmebol.
Homenagem
Bacana a ideia do Fluminense de festejar os 40 anos da conquista do Brasileiro de 84, lançando camisa em homenagem a Carlos Alberto Parreira. A blusa é cópia fiel da que compunha o uniforme da comissão técnica tricolor daquele título. Parreira, torcedor declarado do clube, é o nono treinador que mais dirigiu o time, com 144 jogos, patrimônio da história do Fluminense.