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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Sem saída

Coluna foi publicada no domingo (28)

Gilmar Ferreira | 29/04/2024, 12:17 12:17 h | Atualizado em 29/04/2024, 12:17

Imagem ilustrativa da imagem Sem saída
Igor Thiago, criado nas divisões de base do Cruzeiro, foi contratado pelo Brentford, da Inglaterra |  Foto: Reprodução / Instagram

Em fevereiro, último, Igor Thiago, centroavante de 22 anos, criado nas divisões de base do Cruzeiro, foi anunciado pelo Brentford, da Premier League, como a mais cara contratação do clube inglês. Vendido pelo Brugge, da Bélgica, por 37 milhões de euros (em torno dos R$ 200 milhões), o atacante nascido na cidade-satélite de Gama, em Brasília, será o primeiro brasileiro do Brentford em 134 anos de história.

Jogador de área, de 1,91m, destro Igor Thiago chamou atenção dos ingleses pelo porte físico e ótima presença de área. Não à toa, fez 27 gols em 50 jogos pelo Brugge (com cinco assistências) em sua primeira e única temporada pelo clube belga.

Em 2022/23, ele já havia marcado outros 20, com sete assistências, jogando pelo Ludogorets, da Bulgária. Está em franca ascensão e a expectativa é de consolidação e valorização na liga inglesa.

Agora, vejam quanto recebe o Cruzeiro nessa negociação: pelo mecanismo de formação, 1,46% - equivalente a quase R$ 3 milhões. O Verê, do Paraná, seu primeiro registro como amador, tem direito a 0,47% (cerca de R$ 1 milhão) e o Ludogorets, que o vendeu no ano passado para o Brugge por 7 milhões de euros, fica com 0,76% (algo em torno de 270 mil euros).

No total, o Cruzeiro terá feito só R$ 10 milhões (1,8 milhões de euros) com o jovem promissor.

E sabem por quê? Porque Thiago foi das primeiras negociações da SAF Cruzeiro, em 2022, com o clube ainda economicamente fragilizado e sem a perspectiva de um futuro melhor para o jogador a curto prazo.

O empresário vem com a proposta, fala da vontade da família e convence os diretores sem muita dificuldade. Duvido que isso se repetiria hoje, com os processos estruturados e as finanças equilibradas pelo grupo presidido por Ronaldo Fenômeno.

Ou seja: clubes economicamente desestruturados terão a cada dia mais dificuldade para sobreviver sem a criação de sua SAF. Não há dinheiro circulante no mercado que não venha das casas de apostas.

E ainda há o temor de que a torneira seja fechada a partir da taxação das Bets, norma a ser aprovada com taxação dos lucros da banca e do apostador. Quando o governo regulamentar o modelo, a realidade será cruel.

Por isso, sem o caixa reforçado, como têm Flamengo e Palmeiras, ou bem resolvido, como é o do Athletico/PR, a criação do modelo de Sociedade Anônima será a única saída para que os clubes possam valorizar suas crias e se manter competitivos. Quem viver, verá.

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