Sem disfarces
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Os jogos da Eurocopa, todos eles bem disputados, com um nível técnico de nos fazer repensar o futebol jogado por aqui, passa obrigatoriamente pelo estado dos gramados. E não há milagre ou bruxaria: quanto melhor o piso, maior é o índice de acertos dos fundamentos. E vira efeito cascata: mais intenso é o ritmo dos jogadores e mais atrativos se tornam os confrontos. A bola corre solta, os desenhos táticos ficam mais aparentes e até os menos virtuosos brilham – sem falar na redução do número de lesões.
E este talvez seja o grande aprendizado para os clubes brasileiros que ainda resistem aos avanços da tecnologia.
Na Europa, os estádios já são quase todos equipados com gramados híbridos e esta impressão de as partidas estarem sendo disputadas sobre carpetes é resultado desta inovação introduzida por holandeses.
É um investimento alto (fala-se em R$ 30 milhões), mas que dá aos administradores dos equipamentos melhores condições de competir com as intercorrências causadas pela natureza.
Não sou engenheiro agrônomo, mas engenheiros agrônomos e vídeos disponíveis na internet mostram que é a melhor solução para se evitar o desgaste causado pelo excessivo número de jogos – o Maracanã chega a 70 partidas por ano!
O gramado híbrido tem 80% de grama natural misturado a 20% de artificial. A grosso modo é isso: o solo é preparado antes de receber os tapetes de grama normal e uma máquina espalha fibras sintéticas a cada dois centímetros, a uma profundidade de 18cm.
A grama cresce enrolada na artificial e o piso, além de vistoso, fica mais resistente ao impacto trazido pelos jogos.
No Brasil, a Neo Química Arena, do Corinthians, onde Flamengo e Fluminense se enfrentarão no domingo, a Arena Beira Rio, do Internacional, e o Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, já adotam o modelo. E não à toa estão entre os melhores palcos do País.
A Allienz Arena, do Palmeiras, e a Arena da Baixada, do Athletico/PR, adotam campos de grama sintética.
Os clubes brasileiros levaram anos para enxergar a importância dos Centros de Treinamento e décadas para aprender as vantagens de se ter um estádio próprio.
E o que hoje ainda é visto por muitos como investimento de luxo, amanhã será condição fundamental na gestão de um estádio. É questão de tempo para perceber que vale mais a pena gastar na construção do campo decente do que na contratação da estrela decadente.
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Gilmar Ferreira, por Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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