Salve, o Vasco
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (27)
Senão vejamos: pênalti não marcado em Pedro Raul contra o Santos; pênalti ignorado em Orellano contra o Bragantino; pênalti em Gabriel Pec contra o Atlético/MG, também ignorado; gol mal anulado contra o Palmeiras; sem falar no fechamento absurdo de São Januário após cumprimento de punição na esfera desportiva! A breve relação de “equívocos” da arbitragem em jogos do Vasco no Brasileiro da Série A poderia ser maior.
Mas já serve para mostrar o quão infelizes foram as declarações de Marcus Salum, presidente da SAF do América/MG, na noite de segunda-feira (25), após a derrota de 1 a 0 para o clube carioca com gol nos acréscimos.
Entendo a frustração do dirigente por não ter conseguido vencer uma partida em que fez um excelente primeiro tempo. E me solidarizo com a tristeza dele por ver que o vice-campeão mineiro não consegue as vitórias necessárias para garantir o clube na Primeira Divisão de 2024.
Tudo é isso é compreensível, desde que não fira o protocolo.
Mas as críticas à arbitragem de Ramon Abatti não se sustentam – ao menos com base nos lances reclamados. Principalmente, na expulsão do zagueiro Maidana, no final do primeiro tempo, mudando a configuração do confronto para os 45 minutos finais. Com relação a isso não há nenhuma discussão sobre a decisão da arbitragem.
E sendo assim, se não se justificam, a narrativa de que existe operação em vigor para salvar o Vasco de nova queda soa irresponsável e amadora. Digna, portanto, de uma punição severa ao executivo que, como profissional, deveria zelar pelo negócio.
Quanto ao Vasco, me parece ter saído da zona de rebaixamento com a ajuda de ninguém que não seja sua gente – dos jogadores à torcida!
Custo da soberba
A demissão de Jorge Sampaolli elevará para cerca de R$ 50 milhões o valor empenhado pela diretoria do Flamengo só com indenizações de treinadores dispensados com contrato em vigor nos últimos 39 meses.
Mais precisamente, a partir da saída de Jorge Jesus, em junho de 2020.
Em média, equivale ao gasto de R$ 1,28 milhão por mês, o que poderia até ser o pagamento de salários de dois bons jogadores em três anos de contratos.
Depois de Jorge Jesus, o Flamengo já teve sete treinadores: Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Portaluppi, Paulo Sousa, Dorival Júnior, Vítor Pereira e Jorge Sampaolli.
Os brasileiros Ceni e Dorival foram os que conseguiram um título.
A pergunta que não cala: se o clube tem o hábito de trocar de treinador a cada cinco meses, por que fazer contratos de dois anos, com multas milionárias, como no caso do técnico atual?