Os insuperáveis...
Essa história do empréstimo de R$ 50 milhões a ser contraído pelo Flamengo não me parece nada demais, em vista do que pode estar por vir. A perspectiva de queda de receita é ruim para todos os clubes e, com um custo em outro patamar, os rubro-negros têm mesmo de se proteger. Mas nada diferente do que já fazem desde 2013 — isto é: estando ou não com dinheiro no caixa, recorrem a bancos com juros abaixo do mercado.
O orçamento já tem empréstimo de R$ 45 milhões pré-aprovado pelo Conselho de Administração desde o primeiro ano de Eduardo Bandeira. E, desde então, raros foram os anos em que o valor não foi ultrapassado, com a liberação de verba suplementar ao final do ano.
É bom que se diga que os empréstimos são lastreados por recebíveis que garantem o pagamento, como os R$ 90 milhões do ano passado. Sim, mesmo em 2019, ano em que fechou com superávit de mais de R$ 130 milhões, o clube precisou de empréstimo bancários. Então, essa operação divulgada no final de semana, não evidencia a aproximação do caos, embora a situação não deixe ser preocupante.
O Flamengo também ainda não conhece o impacto da pandemia em suas receitas, mas sabe que possui um alto custo operacional. O dinheiro a ser disponibilizado no crédito bancário vem como um colchão que alivia o fluxo de caixa e evita o trauma na queda no pós-queda.
Só não precisa que seus cartolas tentem passar a falsa versão de que não houve pressão para o retomar os treinos em meio ao isolamento social.
Houve sim. E se não fossem a negativa do governador do Rio e as posições firmes de Fluminense e Botafogo, os dirigentes rubro-negros aprontariam outra. Parecem insuperáveis na soberba e na falta de humanismo...