Olho no G-7
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (29)
A eliminação do Flamengo na Libertadores e a perda do título da Copa do Brasil foram, sem dúvida, fatores determinantes para a demissão de Jorge Sampaoli cinco meses e onze dias após ter sido contratado para o lugar do português Vítor Pereira. Mas o que convenceu mesmo o presidente Rodolfo Landim de que a troca imediata era necessária foi o alerta sobre o risco de o clube ficar fora da fase de grupos da Libertadores de 2024.
Como os jogadores não se sentiam mais à vontade para trabalhar com o argentino, e a situação na tabela do Brasileiro não é confortável, Landim acabou convencido do movimento.
Por mais dispendioso que seja o distrato anunciado (extraoficialmente) em R$ 9,2 milhões, a tentativa de manter Sampaoli até o final do ano era mesmo bem arriscada.
O Flamengo ocupa o sétimo lugar no Brasileiro e se não se classificar à fase de grupos do principal torneio da Conmebol já comprometerá o planejamento para o próximo ano.
A troca no comando não garante presença, ok, mas renova a esperança em dias melhores. As tratativas com Tite evoluíram, mas não o suficiente para convencê-lo a assumir o time já neste Brasileiro, como deseja a torcida...
Jogo aberto
O 2 a 2 com o Internacional no Maracanã na noite de quarta-feira teve sabor de derrota ou de vitória para o Fluminense?
Para quem teve um jogador a menos desde os acréscimos do primeiro tempo, o time de Fernando Diniz, em minha leitura, conseguiu resultado heroico.
E com méritos para o técnico que reconfigurou o sistema 4-2-4 inicial para um 4-4-1, que variou para um 4-2-3 após o 2 a 1 dos Colorados. Diniz ousou no “time base” e Eduardo Coudet topou o desafio. Mas o campo mostrou que o tricolor movimentou melhor as peças disponíveis. As alterações do argentino não surtiram efeito e o duelo segue aberto para os 90 minutos finais no Beira-Rio.
Desesperar, jamais
A determinação de John Textor para que o treino do Botafogo de amanhã pela manhã, no Nílton Santos, seja franqueado à torcida é um jeito inteligente de reforçar o engajamento com seu mais valioso aliado na reta final do Brasileiro.
Os números mostram que, com sete pontos à frente do Palmeiras, segundo colocado, o clube só perde o título se houver descarrilamento exagerado.
Nas últimas dez edições da Série A, o campeão teve, em média, 24 vitórias. O time de Bruno Lage tem 16, restando 14 rodadas a serem disputadas.