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Gilmar Ferreira

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Colunista

Gilmar Ferreira

O salvador

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (08)

Gilmar Ferreira | 08/12/2023, 11:03 h | Atualizado em 08/12/2023, 11:05

Imagem ilustrativa da imagem O salvador
Atual diretor de futebol do Athletico-PR, Alexandre Mattos deve ser o substituto de Paulo Bracks na direção do Vasco |  Foto: Reprodução/Instagram

Alexandre Mattos, hoje diretor de futebol do Athletico/PR, será mesmo o substituto de Paulo Bracks, demitido na quinta-feira (07) pelo fato de o time ter ficado abaixo de metas projetadas pelos americanos da 777 Partners para o primeiro ano de gestão da Vasco SAF. Na avaliação dos acionistas majoritários, o retorno esportivo ficou abaixo do esperado para o investimento de R$ 116 milhões em reforços. O que, cá pra nós, não está errado.

A luta pela permanência na Série A foi emocionante, com traços de dramaticidade, mas o final feliz não pode esconder o óbvio: o ano do Vasco foi aquém das expectativas.

Foi quase consenso que pelo volume de dinheiro movimentado na compra e venda de jogadores o Vasco deveria ter alcançado, no mínimo, a vaga na Sul-Americana.

Algo que não aconteceu por escolhas erradas e demora na tomada de decisão em alguns momentos.

Entre elas a demora de 18 dias na contratação de um treinador para o lugar de Maurício Barbieri.

Bracks apostou no interino William Batista e foi malsucedido em investidas sobre técnicos como Paulo Pezzolano, Rogério Ceni e Gustavo Alfaro até acertar com Ramón Díaz. Pesou também a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil por um adversário quer terminou o ano rebaixado à Série C como último colocado da Série B.

No modelo empresarial é assim: o cumprimento das metas elaboradas no planejamento estratégico é o que baliza a avaliação dos executivos. E Paulo Bracks não pontuou bem na execução do projeto. E não foi uma decisão tomada de quarta para quinta-feira. Assim como não tardará para o CEO da Vasco SAF, Lucio Barbosa, anunciar a contratação do substituto. A expectativa é anunciar o nome de Mattos até a próxima semana.

O problema da saída de Bracks é o fato de o Vasco não conseguir a assinatura de um projeto esportivo eficiente e com identidade vascaína.

Nos últimos dez anos, desde 2013, o futebol vascaíno esteve entregue a 15 profissionais diferentes, a maioria sem tamanho para gerir a principal pasta de um clube endividado, sim, mas tetracampeão brasileiro, bicampeão sul-americano e com mais de 20 milhões de seguidores espalhados pelo mundo.

O Vasco não disputará a Série B em 2024 porque Ramón Díaz, um dos poucos acertos de Paulo Bracks, salvou o ano de seus torcedores, que nos últimos dez anos carrega o Vasco nas costas.

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