O preço final…
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (13)
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Há quase dez anos, na final da Copa do Brasil contra o Athlético/PR, no Maracanã, o Flamengo, que era então presidido por Eduardo Bandeira, assustou a todos ao majorar os preços dos ingressos. Aumentou em mais de 700% o valor do bilhete mais barato em relação ao preço praticado pelo clube na final do Brasileiro de 2009, contra o Grêmio – a última na qual os rubro-negros haviam participado.
Era outra época: o Maracanã de 2013, transformado em Arena, já não era o de 2009; a diretoria era outra; o momento do Flamengo era outro; e a situação do País também era outra.
O único paralelo possível era a luta para tentar transferir aos cofres do clube o dinheiro que os mais apaixonados colocavam nas contas dos cambistas quando os ingressos se esgotavam nas bilheterias reais e virtuais.
Hoje, às vésperas de mais uma final da Copa do Brasil (desta vez contra o São Paulo), o Flamengo recebe o Athletico/PR no Kleber Andrade, em Cariacica, às voltas com um fato inusitado: ainda há bilhetes à venda para o jogo no Maracanã, domingo, o primeiro dos dois que decidirão o título. E o “encalhe” até aqui se dá justamente porque a diretoria voltou a majorar o valor, em comparação à final contra o Corinthians, em 2022.
O setor Norte, onde o preço é o mais popular, o incremento chegou a 43%, com o ingresso passando a R$ 100 em vez dos R$ 70 cobrados no ano passado.
E ainda assim, só para sócios da categoria diamante, a mais cara do plano, que compram com desconto de 50% aplicados à meia-entrada, e têm direito a até quatro bilhetes. Os da categoria Platina e Ouro pagam R$ 140, com desconto de 30% na meia-entrada.
No caso do setor Sul, cuja parte é ocupada pela torcida visitante, o aumento foi de 75%. O sócio Diamante pagou R$ 175, e os outros dois (Platina e Ouro) R$ 245. Valores, de fato, acima do razoável para camadas populares, mas fiel a números orçamentários do Flamengo.
E a narrativa da direção é essa: para manter o elenco que tem os cinco jogadores mais caras da história do clube, é preciso faturar. E alto!
Como fizera lá em 2013, a diretoria rubro-negra se desafia mais uma vez ao ignorar a realidade social da massa que o suporta.
A carga de 56.400 ainda não foi esgotada, mas a grande maioria dos ingressos ainda à disposição são dos setores em que os valores variam entre R$ 1.125 e R$ 4.500.
Acredita-se que até domingo esteja quase tudo vendido. De qualquer forma, o resultado de campo é soberano. E ele nos dirá se valeu a pena.
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