O mandante...
Confira a coluna desta quarta-feira (26)
Corre pelos corredores da sede do Flamengo, na Gávea, a versão de que presidente do Flamengo Luiz Eduardo Baptista, o BAP, tem em mente levar parte da estrutura administrativa para o Maracanã. A medida está sendo estudada pelo CEO Paulo Dutra e ainda não há a definição sobre quais serão os departamentos que passarão a funcionar nas salas do quarto andar do Mario Filho. Mas é certo que alguns funcionários deixarão as instalações da Gávea ainda este ano para despachar do estádio hoje administrado pelo Consórcio Fla-Flu.
Levando em consideração tal fato e admitindo que a gestão do Maracanã não permite mais que ele seja encarado como um palco neutro, não vejo por que discutir apreferência do Vasco em mandar seu jogo da semifinal do Carioca no Estádio Nilton Santos, cuja a gestão é entregue ao Botafogo.
Aliás, seria ali que o clube da Estrela Solitária mandaria seu jogo se fosse ele o semifinalista a enfrentar o Flamengo. Então, não vejo sentido criticar o presidente Pedro Paulo por levar a partida para um estádio onde seu clube possa ter vantagens financeiras.
A discussão, no entanto, reabre um questionamento muito mais relevante: quando serão iniciadas as obras de remodelação de São Januário? Não foram poucos os vascaínos que compareceram aos jogos como mandante no Brasileiro e até na Copa do Brasil certos de que estariam se despedindo do antigo estádio inaugurado em abril de 1927.
A tão necessária reforma do palco histórico que deveria ter iniciado em janeiro ficou para fevereiro e hoje já não se sabe ao certo “se” e “quando” será realizada. Esta, sim, deveria ser a pauta do dia.
Quanto a enfrentar o Flamengo no “tapetinho” do Nílton Santos, num sábado de Carnaval, é o menos relevante para o momento. O time do Vasco é, tecnicamente, inferior ao do seu rival e faz parte da narrativa deste clássico gerar desconforto para o adversário. É muito provável que, em termos de resultado, não faça diferença. No entanto, se o regulamento prevê que os confrontos têm o mando de campo invertido, há que se admitir o direito do clube de não disputar as duas partidas no estádio em que o adversário manda seus jogos – é óbvio demais!
Ninguém pensou nisso quando a nefasta dupla Wilson Witsel e Cláudio Castro deu o Maracanã ao Consórcio Fla-Flu, sem levar em consideração o estupro que cometiam na história e na tradição do futebol carioca…
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