O inepto…
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (15)
A imagem do italiano Carlo Ancelotti ao lado dos jogadores do Real Madrid no palco onde foi erguido o troféu de campeão da Supercopa da Espanha, na Arábia Saudita, me fez pensar no quanto a bagunçada CBF de Ednaldo Rodrigues foi cruel com Fernando Diniz ao usá-lo como coadjuvante no ainda mal explicado triângulo amoroso. E também no tanto que isso pode resvalar nos interesses do próprio Fluminense ao receber de volta um treinador novamente questionado por seu jogo autoral. As informações que recebo dão conta da insatisfação de Diniz com seu desligamento.
Não com o fim da interinidade, mas por ter sido comunicado indiretamente e não pelo presidente da CBF, que foi quem o contratou. Goste ou não dos conceitos de jogo dele, Diniz é campeão da Libertadores, e símbolo de uma conquista que elevou o futebol brasileiro a um alto conceito pelo mundo afora.
E os maus resultados da Seleção Brasileira nos seis jogos em que esteve à frente do time não dizem nada.
As conquistas do bicampeonato estadual e da Libertadores não devem, portanto, ser arquivadas na memória dos tricolores como um feito comum. Porque não são.
O título carioca levantado pela segunda vez consecutiva diante de um rival mais poderoso foi o alicerce definitivo para o sonhado triunfo continental. E foi Diniz um dos principais mentores da estratégia vitoriosa. Ouso dizer até que hoje é quase um símbolo.
O magnetismo deste projeto esportivo do Fluminense é todo escorado em conceitos e valores do treinador. E o time não chegou onde chegou porque tinha Fábio, Nino, André, Cano, Keno ou John Kennedy, mas porque a comandá-los havia um visionário treinador na essência do termo.
É preciso que alguém levante o astral de Fernando Diniz. Ou ao menos o lembre que, apesar de ter se deixado levar pelo canto da sereia, ele foi vítima da inépcia de Ednaldo Rodrigues.