O fim da picada
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (13)
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
O diretor de competições da Federação de Futebol do Rio (Ferj), Marcelo Vianna, ainda tenta contornar um problema inesperado para confirmar o mando de campo do segundo jogo da semifinal entre Nova Iguaçu e Vasco, no domingo (17). Os representantes dos clubes concordaram em disputá-lo também no Maracanã, palco do primeiro confronto, mas o consórcio gestor do estádio não deu o ok para a realização e é possível que ele seja jogado em Volta Redonda.
Corre nos bastidores da entidade que a frase estampada na parte frontal da camisa do Vasco “Maracanã para todos” irritou os dirigentes de Flamengo e Fluminense, clubes que compõem o consórcio que hoje administra o estádio.
A frase é também o nome do consórcio formado pelo Vasco e a WTorre no processo de licitação do estádio.
O caso é bem delicado e até terça-feira (12) as partes envolvidas na semifinal de domingo estudavam um novo local para abrigar o espetáculo.
Problema
O problema é que a esta altura o Nova Iguaçu já não consegue negociar o mando da partida para um outro estado.
O time da Baixada Fluminense tinha a possibilidade de realizá-lo no Mané Garrincha, em Brasília, onde enfrenta o Internacional-RS nesta quarta (13) pela segunda fase da Copa do Brasil, mas sequer cogitou tirá-lo do Rio de olho no retorno financeiro. O jogo do último domingo (10) teve renda de R$ 3.067.184,00, e os clubes levaram R$ 568.326,36, cada um no Maracanã. A Ferj faturou R$ 297.450,40.
No Estádio da Cidadania, em Volta Redonda, a carga máxima é de 20 mil ingressos – menos de um terço da disponibilizada no primeiro confronto.
Jânio Moraes, o presidente do Nova Iguaçu, já havia admitido esta possibilidade antes mesmo do 1 a 1 nos 90 minutos iniciais do playoff.
Mas, após os resultados técnicos e financeiros de domingo, bateu o martelo sobre a intenção de jogar novamente no Maracanã, mesmo diante de 60 mil vascaínos.
Negativa
É provável que a negativa do Flamengo em ceder o Maracanã tenha a ver com uma possível vantagem técnica que o Vasco levaria ao jogar as semifinais contra um adversário mais fraco.
Ainda que o campo não mostre tal desnível, seria uma questão a ser discutida.
Mas negar a cessão de um estádio público por questões comerciais é, de fato, o fim da picada. Pobre futebol.
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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