Minhas Impressões...
A temporada de 2020 ainda não terminou para Grêmio e Palmeiras que ontem fizeram a primeira das duas partidas que apontarão o campeão da Copa do Brasil. Mas a temporada 2021 já começou em vários estados, com a bola voltando a rolar amanhã à noite para os cariocas. Flamengo recebe o
Nova Iguaçu no Maracanã e mesmo com jogadores sub 23 a mesclar o time sub-20 nas duas primeiras rodadas o bicampeão do Rio não encontrará resistência para celebrar o sexto tricampeonato de sua história.
Aliás, esta deverá ser a tônica desta edição do Carioca que terá aquela versão mais enxuta: todos contra todos em pontos corridos, com o clube de maior número de pontos somados levando o título da Taça Guanabara e os quatro de melhor colocação fazendo a semifinal.
Fla-Flu
Por tudo o que vimos no Brasileirão, com as quedas de Botafogo e Vasco e a redução de receitas também para os pequenos, difícil não que seja um torneio polarizado pela dupla Fla-Flu, com jogos de baixo nível técnico, como em anos anteriores.
Mas, apesar de toda precariedade, o charme dos estaduais ainda mexe com a paixão dos torcedores.
E é em respeito a este sentimento que se busca a perpetuação de um campeonato que perdeu relevância no novo século.
Laboratório
De uns anos para cá, com o calendário futebolístico preenchido pelas competições da CBF e da Conmebol, os estaduais passaram a ser encarado como um laboratório.
E teriam maior glamour se as federações que os promovem nos grandes centros incentivassem o uso de jogadores aspirantes.
Mas, não. Pelo contrário. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, a entidade que o promove (Ferj) exige que a partir da terceira rodada os clubes utilizem seus principais jogadores.
Para Vasco e Botafogo, que não disputarão as copas continentais, não será problema. Flamengo e Fluminense, no entanto, envolvidos com Libertadores, terão o desconforto já vivido no segundo semestre de 2020.
Se pudessem utilizar os times sub-23, estaria se abrindo espaço para a renovação de talentos, dando novo verniz.
Transmissão dos jogos
Este ano, os clubes experimentarão a possibilidade de transmitirem os jogos por venda de assinatura em seus próprios canais.
É aposta no futuro, mas com preço muito alto a ser pago. No contrato rompido com a TV Globo, os grandes clubes garantiam receita líquida em torno de R$ 13,5 milhões.
No acordo com Rede Record, só para a TV aberta, sobrará, por ora, cerca de R$ 450 mil para cada um. Fora expectativa de incremento com patrocínios e venda de assinaturas. Os pequenos terão de se contentar com a queda de R$ 3 milhões para R$ 200 mil.