Minhas impressões
Pedro decide Fla-Flu com golaço e recado velado; Botafogo vence com herói improvável; Vasco empata com Grêmio em jogo intenso e polêmico
Pedro mandou o recado: “Jesus é o suficiente”. A mensagem escrita na camisa que o artilheiro vestia por baixo da 9 rubro-negra não é só religiosa. Ela é subliminar e, ao que tudo indica, direcionada, em primeiro plano, a José Boto, o diretor falastrão. Mas não só a ele. O artilheiro não teve o apoio que esperava nos últimos dias, fez a parte dele no Fla-Flu, e deu o recado. Depois jogou água na fervura.
O gol único no clássico carioca manteve o Flamengo na cola do líder Cruzeiro e deu ao Fluminense, sua segunda derrota seguida no pós Mundial da Fifa.
Flamengo 1 x 0 Fluminense
Pedro entrou aos 28 minutos do segundo tempo e no seu segundo lance empurrou a bola para as redes, como um bom artilheiro. E era o que o Flamengo precisava para transformar em números a supremacia no confronto.
Sem Wesley, Pulgar, De la Cruz e Bruno Henrique, o time de Filipe Luis não teve ímpeto suficiente para furar as duas linhas baixas que Renato Gaúcho plantou para segurar ao menos um ponto no clássico. Um exagero, talvez. O Fluminense se acovardou, deu campo ao rival e só mostrou coragem após o gol de Pedro, aos 40m. Era tarde… venceu quem quis vencer.
Sport 0 x 1 Botafogo
Corria o ano de 92 e Telê Santana, técnico do São Paulo, impressionado com a versatilidade do lateral-direito Cafu, que já havia jogado como volante, deu-lhe liberdade para atuar em qualquer posição, do meio para frente. Dali em diante fez-se a história. E assim tem sido com Cuiabano, no Botafogo.
O lateral-esquerdo entrou no lugar de Alex Telles a 14 minutos do fim e aos 45m fez o gol salvador, em jogada pelo corredor interno do lado esquerdo. Resolveu um jogo em que o time de Davide Ancelotti tinha dificuldades nas escolhas no campo ofensivo. Sobretudo pelo preciosismo de Montoro…
Vasco 1 x 1 Grêmio
O empate em casa não foi o resultado mais afinado ao foi o confronto. Porém, foi o que o time de Fernando Diniz conseguiu sem Philipe Coutinho.
Com estiramento de grau dois na panturrilha esquerda, o camisa 10 ficará mais duas semanas fora. E sem ele, falta lucidez. Dessa vez, não dá para se queixar da falta de empenho dos jogadores.
Houve controle de jogo, 39 cruzamentos, 32 finalizações, bola na trave, gol anulado pelo VAR e erro feio da arbitragem na interpretação da vantagem em infiltração. Por mais que se faça ressalvas às escolhas de Diniz, injusto creditar a elas o gol sofrido em bola cruzada.
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