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É evidente que não é resultado para ser festejado. Mas o empate com um adversário bem mais qualificado e entrosado reforça a autoestima. Por isso, o Vasco sai dessa quinta rodada do Brasileiro como o time carioca mais bem sucedido. O Flamengo perdeu a liderança para o Palmeiras; o Fluminense ficou sem a vice-liderança no último minuto e o Botafogo perdeu sua segunda partida. A competição segue nivelada, apesar de o time de Abel Ferreira emitir sinais de superioridade emocional.
Vasco 0 x 0 Flamengo
Como nos dois últimos confrontos entre os times, o Flamengo voltou a ter problemas para vencer o bloqueio defensivo do Vasco. Controlou o jogo, sobretudo no tempo final, e gerou mais chances de gol - a maioria em cruzamentos.
Foram 35 e em três delas Leo Jardim foi obrigado a fazer difíceis defesas em cabeçadas de Bruno Henrique e Pedro. Sem espaços, tentou os chutes de fora da área mas foi em vão.
Fábio Carille teve mais sorte: deu (sic) as laterais, congestionou o meio e tentou encurtar espaços para associações de Gerson, De la Cruz, Arrascaeta e Wesley com Bruno Henrique e Michael, depois com Plata, Everton e Pedro.
O Vasco fez bom primeiro tempo, e no segundo se limitou a defender. E foi eficaz. Lembro que nos dois jogos anteriores (0 a 1 e 2 a 1), a derrota veio na metade da fase final.
Desta vez, o bloco defensivo contou com apoio dos atacantes e o time, ainda em formação, pôde segurar o ponto.
Fluminense 1 x 1 Vitória/BA
O gol de Lucas Braga no último minuto, em bonita jogada individual, tirou a vice-liderança e os 100% de aproveitamento do Fluminense na “era Renato Gaúcho”. Tropeço que já poderia ter acontecido nos jogos contra Bragantino e Santos, não fosse o acaso de gols feitos, respectivamente, por Martinelli e Samuel Xavier, já nos acréscimos.
O time ainda mostra dificuldade de controlar a disputa e repete a vulnerabilidade defensiva do Grêmio comandado por Renato do ano passado.
Atlético/MG 1 x 0 Botafogo
Creio ser possível atribuir os maus resultados do Botafogo até aqui ao planejamento da diretoria que retardou o quanto pôde o acerto com o substituto de Arthur Jorge. Percebe-se no time de Renato Paiva a preocupação em se impor como o campeão que é.
Mas falta consistência no plano de jogo, e isso compreensível numa equipe que tem 50 dias de trabalho. O que incomoda, porém, é o fato de o Botafogo ter vencido seis dos 21 jogos disputados na temporada.
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