Minhas impressões
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (08)
Eliminada pela seleção uruguaia na disputa de pênaltis por vaga na semifinal da Copa América, a Seleção Brasileira ainda paga o tempo perdido no ano e meio sem diretor de seleções e treinador. É o fardo acumulado pelo presidente que assumiu a entidade por um acaso. Dorival Júnior sequer pode ser cobrado pelo malogro, ainda que não tenha trabalhado bem no último jogo - acontece.
Mas nas edições do torneio disputadas às vésperas dos títulos mundiais do penta, o Brasil foi eliminado de forma tão ou mais mais vexatória. Que assim seja.
Flamengo 1 x 1 Cuiabá
O gol do Cuiabá aos 6m de jogo mexeu com a ansiedade dos jogadores do Flamengo. O time se lançou de forma desenfreada ao ataque, se abriu entre as linhas defensivas e quase foi para o intervalo com dois gols de desvantagem.
No segundo tempo, entrincheirado, o Cuiabá aceitou a pressão dos donos da casa e se limitou aos contra-ataques. Pedro empatou mas, apesar dos 66% de posse e das 20 finalizações, o time não conseguiu mais do que isso.
Fortaleza 1 x 0 Fluminense
O time segue sem mecanismo de jogo no meio e no ataque. Mas a ausência do lateral Marcelo no Castelão foi demonstração clara de que Mano Menezes procura baixar a média de idade do time para torná-lo mais competitivo.
Sem o lateral, e com Cano no banco, a média inicial foi de 29.7, dois anos mais baixa do que a do Fluminense no jogo de contra o Internacional (31.7) - que já havia sido quase dois anos mais jovem da do jogo anterior (33.1).
Botafogo 3 x 0 Atlético/MG
A vitória com extrema competência pode ser percebida como termômetro que afere a temperatura do time de Arthur Jorge. O Botafogo está demonstrando a frieza que faltou na reta final de 2023. E é muito importante mesmo que chegue para o jogo contra o Palmeiras de Abel Ferreira, na 17ª rodada, daqui a nove dias, equilibrado em suas emoções. Provavelmente, será o confronto que nos dará a dimensão exata da possibilidade do alvinegro disputar o título.
Internacional 1 x 2 Vasco
Rafael Paiva organizou o time do Vasco de tal forma que o desnível técnico para adversários mais fortes já não é determinante para a busca dos pontos. Mesmo com desfalques, o time se defendeu muito bem e apresentou recursos técnicos e estrutura tática que surpreendeu até o time gaúcho. Talvez tenha sido a atuação mais convincente como visitante nos últimos dois anos de Série A. E com aproveitamento de cinco jogadores revelados na base.