Minhas impressões
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (17)
Três dos quatro clubes da Série A que mais jogadores cederam às seleções que disputam a Copa América sentiram o peso de ir a campo com o time mexido e na condição de visitante: Flamengo, São Paulo, Internacional. Todos deixaram pontos preciosos no caminho - Atletico-MG joga nesta segunda (17). Mas o Flamengo está sem cinco, fora os contundidos. O São Paulo quatro, Internacional e Atletico-MG três, e o Palmeiras, dois.
A disputa está contaminada. Resta saber quem será mais resistente.
Athletico/PR 1 x 1 Flamengo
Em tese, pelo elenco que dispõe, o Flamengo de Tite é quem mais tem condições de suportar o peso - ainda que improvisado. Nos dois últimos jogos, com Leo Pereira de lateral e Ortiz de volante, o time alternou pressão com contra-ataques. E deu certo.
Dos seis pontos disputados, somou quatro. O gol salvador do jovem Ewerton Araújo nos acréscimos, em Curitiba, coroou o ímpeto de um time que, apesar do sufoco, não se acovardou. Bonito de ver.
Grêmio 1 x 2 Botafogo
Júnior Santos fez ontem seu 18° gol na temporada, mas o que chamou atenção na atuação dele não foi a aplicação tática do atacante na recomposição defensiva.
Nesta vitória em Cariacica, a referência ofensiva do time do português Arthur Jorge fez um gol e ajudou a conter o ímpeto do Grêmio de Renato Gaúcho, que jogava como “mandante”. Atuação do Botafogo não foi de encher os olhos, mas lidera graças a aplicação tática que o caracteriza.
Vasco 0 x 0 Cruzeiro
Emoldurado numa tela que realça a limitação de seus jogadores, o Vasco conseguiu somar um ponto diante de um adversário que veio a São Januário querendo jogar no erros dos donos da casa. O time de Álvaro Pacheco, desta vez no 4-3-3, repetiu a dificuldade na construção de jogadas de ataque e voltou a tomar decisões erradas no arremate dos contra-ataques. Mas foi competitivo. Estancou a sangramento e ganhou a chance de se revigorar na competição.
Fluminense 1 x 2 Atlético/GO
O time não encaixa, os erros defensivos continuam, a pressão aumenta, os jogadores perdem a cabeça e são dominados pela irracionalidade. O trabalho de Fernando Diniz está de novo em cheque. O Fluminense não gera mecanismos de jogo sustentáveis e o debate sobre a idade das peças principais volta à mesa. Principalmente, sem John Árias, o pulmão do time, elo eficaz entre meio e ataque. A esperança está no retorno de André e na estreia de Thiago Silva. Vejamos.