Minhas impressões
Coluna foi publicada na segunda-feira (03)
O Flamengo massacrou o Vasco de tal forma no 6 a 1 deste domingo (02) à tarde, no Maracanã, que fica de fato impossível tratar o resultado com frieza e bom senso. Não se perde um confronto de rivalidade centenária com a postura vista neste jogo da sétima rodada do Brasileiro. Em casos como este, a diferença no placar não costuma ser fruto da maior qualidade de um time sobre o outro. O 6 a 1 já histórico retratou o momento de um Vasco dividido entre o ódio e a razão diante de rival estruturado, qualificado e bem treinado.
Vasco 1 X 6 Flamengo
A goleada coroou a vocação de um time que evoluiu com Alan ao lado de De La Cruz - de novo golpeado por lesão muscular. O Flamengo ocupou o campo de ataque com oito jogadores e fez os gols sem muito esforço.
Tite deve até ter estranhado tamanha fragilidade defensiva do Vasco, que entregou os pontos já no primeiro tempo.
A vitória, por si, pôs o rubro-negro na liderança do Brasileiro. Mas a goleada renovou a autoestima do torcedor e, de quebra, jogou o Vasco na vala da mediocridade, perdido no conflito entre diretoria associativa e investidores da SAF.
Corinthians 0 X 1 Botafogo
Com média de 1,8 pontos por jogo o time de Arthur Jorge consolida a postura competitiva. São sete pontos obtidos nos 12 disputados fora do Nilton Santos – 58,3% de aproveitamento. E outros seis em nove como mandante: 66,6%. É difícil vencer o Botafogo, com sua forma compacta de ocupar os espaços, e o 1,8 ponto de média somado a cada rodada nos dá a impressão de estarmos vendo a consolidação do projeto de John Textor.
Mesmo com a ótima fase do iluminado Júnior Santos, não dá para dizer que o Glorioso é fruto do brilho de uma só estrela.
Fluminense 1 X 1 Juventude
Pela qualidade individual e a experiência de seus jogadores, o time de Fernando Diniz tornou-se comprovadamente o copeiro que se retroalimenta da superação de duelos vencidos. Desta forma, foi içado a um patamar de eficiência que não se sustenta em jogos do Brasileiro dos pontos corridos.
E a vitória única sobre o Vasco nos diz isso: em sete jogos, empatou outros três no Maracanã e perdeu os três fora do estado. Foi embora o viço da fase ofensiva e abriu-se um clarão entre meio de campo e defesa que o adversário quase nunca deixa de aproveitar…