Minhas impressões
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (06)
Com exceção do Athletico/PR, o líder nesta quinta rodada, quatro dos cinco primeiros colocados da Série A do Brasileiro são clubes cujo departamento de futebol são geridos por SAF’s com distintos modelos: pela respectiva ordem, Bahia, Botafogo, Atlético/MG e Bragantino. Não é retrato em definitivo, mas, desportivamente, são trabalhos que despontam como possíveis candidatos a desfazer a polarização entre os poderosos Flamengo e Palmeiras.
Botafogo 1 x 2 Bahia
O gol de pênalti convertido por Everaldo no último ato do primeiro tempo foi um bom grande teste para medir o emocional dos jogadores que viveram o drama do Brasileiro do ano passado. O time reagiu bem, com ótima atuação no segundo tempo. Mas acabou derrotado, punido pelo desejo de vencer a qualquer custo, filosofia que Arthur Jorge não negocia. A falta de cuidados defensivos tirou, num lance único, o ponto que não me parecia de todo ruim.
Bragantino 1 x 1 Flamengo
Polêmicas à parte, foi possível ver evolução graças à liberdade na movimentação de Bruno Henrique no segundo tempo. A entrada de Luiz Araújo no lugar de Igor Jesus, aos 36 minutos, equilibrou o time. Tite ganhou os lados do campo e por ali teve chances de virar o placar até então, desfavorável. Mesmo sem Pulgar e Arrascaeta, vetados, o Flamengo competiu em ritmo intenso, emitindo sinais de melhora, apesar do terceiro jogo sem vitórias no Brasileiro.
Fluminense 2 x 2 Atlético/MG
O jogo em Cariacica mostrou o quão importante será a vinda de Thiago Silva. Fernando Diniz conseguiu anular a saída de bola do time de Gabriel Milito com uma marcação mais intensa no campo ofensivo, pôs dois gols de frente e controlou o jogo até a entrada de Vargas no Galo, autor dos gols de empate. É impressionante como o time tricolor se desconcentra ao sofrer um gol: levou dois em cinco minutos contra Bragantino e Corinthians e agora em seis…
Athletico/PR 1 x 0 Vasco
Sem um meia organizador de ações ofensivas, um velocista pelos lados do campo e um bom estrategista no comando técnico, o Vasco fez um jogo deprimente. E não tanto pela baixa qualidade técnica dos jogadores. O mental está claramente abalado, e a falta de confiança reflete a bagunça instalada no futebol comandado por Lúcio Barbosa. O CEO da SAF levou 36 dias para repor a cargo de executivo do futebol e desfez o pouco construído em 2023.