Minhas impressões
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (11)
Premiar os melhores deveria ser consequência óbvia no futebol. Mas como não é assim teremos de esperar o cumprimento da jornada de volta das semifinais e os dois jogos para ver o Flamengo levantar mais um título Estadual. Os dois jogos das semifinais no final de semana de Maracanã em festa mostraram que o Flamengo, além da superioridade técnica de seu elenco, está em estágio mais avançado. Vejamos.
Fluminense 0 x 2 Flamengo
Fernando Diniz está novamente nas cordas, refém de escolhas questionáveis e golpeado sem piedade por quem esperava mais de eficiência estratégica. Diante da imponência técnica e tática deste Flamengo de Tite, não dá para cravar que o Fluminense foi derrotado porque Ganso e Renato Augusto não podem jogar juntos no meio campo tricolor. Me falta essa convicção.
Conceitualmente, porém, esperava algo diferente do que havia sido feito no Fla-Flu da 11ª rodada – também 2 a 0, com gols de Pedro e Everton. Talvez, uma formação mais arejada.
Por que não Aleksander? Ou Terans? E a permanência de Keno até os 83, com John Kennedy no banco? De fato, a suspensão de André fragilizou o sistema e bagunçou a cabeça de Diniz, que assistiu ao domínio rubro-negro em quase todo o jogo sem esboçar reação.
A vitória do Flamengo, por 2 a 0, nestes primeiros 90 minutos da semifinal, coroa o projeto de jogo mais eficiente do futebol carioca.
Vasco 0 x 1 Nova Iguaçu
A falta de preenchimento no meio-campo, problema já sentido em outros jogos, fez do time vascaíno um coletivo apático e desconexo. Ramón Díaz tentou corrigir no intervalo, com a troca de sistema, mas o gol de Xandinho aos 6 minutos piorou o cenário.
O Vasco perdeu o caráter associativo que faz do time um coletivo mais forte e por pouco não sai derrotado.
O sistema com três zagueiros tem trazido mais vulnerabilidade do que segurança - mais frustração do que esperança.
Sampaio Correia 1 x 2 Botafogo
Yarlen e Sapata, dois jovens da base alvinegra, entraram no segundo tempo e colocaram o time em vantagem na semi do torneio de consolação que a Federação chama de Taça Rio.
Como vale vaga na Copa do Brasil de 2025, Fábio Matias, o interino, vai tirando proveito e aprimorando o nível competitivo dos menos rodados.