Minhas impressões
Coluna foi publicada nesta segunda-feira (23)
Sigo a achar que o Botafogo foi o mais prejudicado com a paralisação do segundo tempo contra o Athletico/PR no sábado (21), à noite. E não pelos 40 minutos jogados ontem com o Nílton Santos vazio. Menos ainda pelo 1 a 1 que reduz para sete pontos a vantagem sobre o Bragantino. É mesmo pelo todo, incluindo o adiamento do jogo contra o desfocado Fortaleza, que seria disputado nesta terça-feira (24). Vencer o Brasileiro demanda atenção aos detalhes que cercam as partidas. Mesmo que o troféu pareça ganho.
Botafogo x Athletico/PR
O ponto somado neste confronto às escuras, com os tempos disputados em dias diferentes, não deve ser lamentado. Pareceu jogo de um tempo só, e contra um time que, sem estardalhaço, voltou a brigar por vaga no G-4.
O Botafogo jogou como deveria, alternando os lados, tentando infiltrar pelo meio da zaga e buscando o artilheiro Tiquinho Soares nas bolas altas. Um empate, portanto, dentro das expectativas.
Flamengo 1 x 0 Vasco
Clássico equilibrado, decidido num gol em lance isolado muito bem tramado pelo trio Thiago Maia, Gabriel Barbosa e Gérson. O volante contou com um pouco de sorte na bola que resvalou em Jair e traiu o goleiro Leo Jardim. O 1 a 0 não fez jus ao que foi o jogo e me fez lembrar de momentos da trajetória de Tite na direção do Corinthians.
O Flamengo não teve intensidade, mas jogou com inteligência, sabendo explorar a qualidade do elenco e a posição mais confortável na tabela. O Vasco teve domínio, com mais posse e quase o dobro de finalizações - 17 a 10. Porém, sentiu a falta de Rossi e Marlon, jogadores importantes na fase ofensiva e que possibilitam a presença de um banco mais forte.
Tite leu muito bem o confronto, com ótima intervenção, já no primeiro tempo, passando Arrascaeta do lado para o meio. Ramón, por sua vez, foi infeliz ao trocar Zé Gabriel por Jair, num momento em que o volante gaúcho fazia boa partida.
Bragantino 1 x 0 Fluminense
Nos últimos oito jogos, em quase dois meses de disputa da Série A, o time de Fernando Diniz venceu só dois confrontos. E isso preocupa. O time que em suas semanas decidirá a Libertadores não deve se habituar aos tropeços. O Fluminense parece ainda inebriado com a classificação à final da Copa e parece esgotado, psicologicamente. E a sequência de jogos, e aí incluindo a final contra o Boca Juniors, torna o planejamento mais complexo. Em Bragança, os tricolores não jogaram.