Minhas Impressões
A frase é clichê. Mas quando se diz que “temos um campeonato” é mais do que a óbvia interpretação do que se vê na tabela de classificação.
A derrota do líder Palmeiras para o emergente Athletico/PR, combinada à goleada do Fluminense sobre um desfigurado Corinthians, até então vice-líder do Brasileiro, nos mostrou que há uma “casta” a ameaçar o favoritismo dos três clubes de maior orçamento.
Ora pela plasticidade do jogo, como no caso dos tricolores, ora pela eficiência, como faz o Furacão, invicto há nove rodadas. A festa está ficando animada.
Fluminense 4 x 0 Corinthians
Foi difícil mensurar se a emoção estampada na face dos tricolores vinha da atuação do time na goleada ou se da alegria contagiante de Fred.
Artilheiro que é, o maior ídolo do clube fechou placar no Maracanã com belo gol, no “avant-première” de sua festa de despedida, coroando a excelente exibição do conjunto de Fernando Diniz.
O encaixe do trio ofensivo Ganso, Arias e Cano tem sido determinante na movimentação ofensiva e com a amplitude oferecida pelos laterais o Fluminense se transforma num conjunto envolvente, intenso e bonito de ver jogar.
Santos 1 x 2 Flamengo
Para um time que raramente treina, e viajou onze horas de Ibagué, na Colômbia, onde jogou na quarta-feira (29), pela Libertadores, a Santos, o Flamengo “alternativo” que Dorival pôs em ação na Vila Belmiro cumpriu muito bem a missão.
Não foi uma exibição cheia de encantos, mas extremamente eficaz. Pelas circunstâncias, resultado que renova e energia mental do time. Aos poucos, o treinador renova a pegada e recupera parte da intensidade na retomada da bola. Principalmente nos pós perda no campo adversário. Há muito o que acertar, mas os rubro-negros parecem ter achado um rumo.
Vasco 0 x 0 Sport
Time teve a já conhecida dificuldade ofensiva diante de um adversário recuado. E sentiu falta de Nenê, o que não significa que venceria o confronto.
Em tese, o jogo espelhou o 0 a 0 com o Grêmio, em São Januário. Tanto na posse (56% com Nenê, e 53% sem) como nas finalizações (16 a 14). Torcida segue descontente com treinador.
Criticava Zé Ricardo (chegou a pedir a saída dele) e não aceita Maurício Souza (o substituto, vaiado ontem). Dois jogos a seguir serão fora do Rio. Vasco tem de manter a proposta conservadora que o levou ao G-4.