Minhas impressões
Faz pouco tempo, questionei neste espaço a diferença de pontos que separava o líder Atlético/MG de seus mais próximos concorrentes ao título brasileiro. E a vitória do Flamengo no confronto direto provou que não era exagero meu. Mesmo sem alguns titulares, e com Gabriel Barbosa em momento ruim, o atual campeão impediu que a disputa se tornasse mera formalidade. Difícil, agora, saber se o futebol pobre exibido no Maracanã é fruto da limitação dos técnicos ou do estresse físico e mental dos jogadores numa temporada de calendário atípico.
Flamengo 1 x 0 Atlético/MG
Como espetáculo, esperava-se mais do confronto. Mas em termos de resultado, o 1 a 0 foi o bastante para o momento do Flamengo.
O veto a alguns titulares que já não estavam no melhor da forma física, como Filipe Luís e Diego, permitiu que Renato levasse a campo um time mais capaz de se desdobrar na marcação.
Sim, porque a vitória deixaria o Flamengo na disputa do título. Mas não perder para o líder já acalmaria os nervos.
Tão importante quanto vencer, era não perder. O Galo de Cuca se deixou levar pelo suposto mau momento rubro-negro e, quando deu por si, estava em desvantagem no placar e sem ideias eficientes para vencer as linhas de marcação. O que ajudou na percepção da falta de qualidade das equipes.
Ceará 1 x 0 Fluminense
O gol de pênalti, no início do jogo, obrigou o Fluminense a ser mais propositivo. E esta não é a forma que melhor se encaixa no perfil da equipe.
O melhor do time de Marcão é visto em ações reativas. Sem John Kennedy, suspenso, faltou quem infiltrasse com eficiência nas linhas defensivas do Ceará. Mesmo tendo um jogador a mais na maior parte do jogo.
Goiás 1 x 1 Botafogo
Não foi uma boa partida do time, pressionado desde o primeiro minuto na Serrinha.
Mas o ponto obtido coroou a eficiente atuação na fase defensiva. Os contra-ataques não tem funcionado nos jogos como visitante e fica a impressão de que os jogadores estão saturados, o que a seria absolutamente normal.
Vasco 1 x 3 CSA
Sem Nenê, o time não conseguiu se impor entregando a Marquinhos Gabriel a missão de ligar o ataque. E como não tem consistência defensiva, perdeu.
O Vasco quer (e deve!) se fazer protagonista, mas não tem elenco sequer para variar o modelo de jogo.
É a orquestra monocórdica que desafina sem o maestro. Ainda mais quando solicitada a executar um recital mais apurado.