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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Minhas impressões

| 06/09/2021, 10:05 10:05 h | Atualizado em 06/09/2021, 10:06

Mais doloroso do que lamentar ou tentar encontrar culpados para o triste episódio do adiamento da partida entre as seleções de Brasil e Argentina, em São Paulo, pelas Eliminatórias da Copa do Catar, é pensar que a vergonha de repercussão mundial possa ter sido produzida pelo descaso de negacionistas aloprados. Mas talvez seja possível resumir de forma objetiva, sem apontar o dedo para este ou aquele. E tentarei.

Havia, desde agosto do ano passado, um protocolo sanitário aprovado com os governos dos dez países da Conmebol para a disputa da Copa América na Argentina e na Colômbia – depois transferida para o Brasil.

Um pouco mais tarde, em setembro, em nova reunião com os membros representantes de cada Federação para deliberar sobre o reinício das Copas Libertadores e Sul-Americana, a entidade estendeu o protocolo para os jogos das Eliminatórias – condição evocada pelos argentinos até a hora do jogo.

Ocorre que no último dia 23 de junho o governo publicou portaria ministerial estabelecendo restrições para viajantes estrangeiros de qualquer nacionalidade com passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia. Documento que norteou a ação dos agentes da Anvisa.

Os argentinos sustentam que Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Lo Celso, que atuam no futebol inglês, só foram incluídos na delegação porque a AFA, a CBF e a Conmebol estavam seguras da validade do protocolo sanitário aprovado para as competições entre clubes e seleções do continente.

Barra Torres, presidente da Anvisa, ignora o tal protocolo e diz que os representantes da agência reguladora notificaram os argentinos sobre a necessidade do confinamento e depois, com o descumprimento, trataram da imediata deportação.
Sem êxito na tentativa de resolver o impasse na esfera governamental sob caráter de excepcionalidade, os “hermanos” foram para o embate.

O caso será remetido à Fifa e é provável, pelo que se conhece da entidade presidida pelo italiano Gianni Infantino, que uma nova data seja criada ao final do torneio para a realização do jogo.
Até lá, as duas seleções já deverão estar classificadas, e não haverá desconforto para as duas principais forças do continente.

De qualquer forma, o mal-entendido entre governo federal e Anvisa sujou um pouco mais a imagem dos negacionistas da CBF.

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