Minhas impressões
Eliminado nas quartas de final da Libertadores, o Fluminense recebe o líder do Brasileirão esta noite, em São Januário, sob o olhar desconfiado de sua torcida e o interesse redobrado de rubro-negros e palmeirenses. A demissão de Roger Machado, no sábado, não surpreendeu, mas não se sabe até agora o verdadeiro motivo da saída do treinador.
Era grande o desgaste com os tricolores, o time vinha perdendo força ao longo das últimas rodadas, mas era quase um consenso que o agora ex-treinador pagava o preço da desgastante temporada de um elenco limitado.
E agora fica no ar que tipo de oponente o poderoso Atlético/MG terá pela frente. E que tipo de mágica o interino Marcão será capaz de produzir com o time a um ponto da zona do rebaixamento...
Ceará 1 x 1 Flamengo
Renato não está de todo errado quando elogia a atuação do time, sem Arrascaeta e Bruno Henrique.
Porque sem dois de seus três mais decisivos jogadores e com as confusas escolhas do próprio técnico, foi preciso mesmo muita entrega para sair de Fortaleza com pelo menos um ponto.
E neste ponto é importante valorizar ao menos o empenho de reservas como Vitinho e Michael. O Flamengo não abriu mão de seu jogo de imposição, teve mais posse de bola, mas o nível da atuação ficou abaixo do padrão. Inconsistente na defesa, pobre na organização e falho nas finalizações, saiu no lucro.
Botafogo 3 x 2 Vila Nova
O melhor mandante da Série B esteve perto de deixar dois pontos preciosos escaparem nos minutos finais da partida no Nílton Santos. O que seria uma baita injustiça.
O modelo de jogo de Enderson Moreira, com ênfase na solidez defensiva, bolas longas bem trabalhadas e superioridade numérica na transição ofensiva, pôs o Botafogo entre os mais competitivos. Mas que ainda tenta superar os seus próprios limites.
Neste jogo, por exemplo, as substituições de Joel Carli, Hugo e Chay impactaram de tal forma no controle da partida que terminou o jogo torcendo pelo apito final.
Operário/PR 2 x 0 Vasco
O time do técnico Lisca teve duas boas chances de abrir o placar. Depois quase marcou um gol olímpico.
Mas bastou uma bola cruzada sobre sua área para que os donos da casa enxergassem a fragilidade do sistema defensivo do Vasco.
Vulnerabilidade que não é só técnica ou tática. Ela é também física e mental, e evidencia a precariedade do grupo composto por jovens da casa e forasteiros sem a expressão que o momento exige.
O elenco foi mal montado por um jovem que jamais teve tal responsabilidade e bancado por um presidente mal assessorado. Como seu antecessor.