Minha impressões
Os jogos adiados nas segunda e quarta rodadas, contra Grêmio e Athletico/PR, ainda camuflam o posicionamento do Flamengo na classificação da Série A. Mas, aos poucos, os três times de orçamento mais robusto mostram o que o diferem e quais seus papéis nesta disputa. Não há o que errar: o título de 2021 ficará entre Palmeiras, Atlético/MG e o próprio Flamengo…
Corinthians 1 x 3 Flamengo
De todos os jogos sob o comando de Renato, este foi, até aqui, o mais cômodo para os rubro-negros. Fez 3 a 0 no primeiro tempo e faria mais três gols no segundo se não tivessem diminuir o ritmo.
O time voltou a jogar 2-4-4, gerando superioridade numérica com oito jogadores no campo do adversário, e teve um domínio técnico, físico e emocional. Porque não é só fazer a pressão no “homem da bola”, é também ter qualidade e inteligência na troca de posições e no controle da bola. O Corinthians só entrou no jogo nos 15m finais, quando Renato já tinha outra Flamengo em campo.
Botafogo 2 x 0 Vasco
Enderson Moreira não precisou mudar as peças que vinham sendo utilizadas por Chamusca para chegar à terceira vitória seguida na Série B.
Recuperou alguns pontos perdidos e com eles o direito de sonhar com o acesso. O Botafogo voltou ao modelo reativo e pelo o que seviu no clássico não há porque muda-la. O treinador compactou as linhas defensivas, mas liberou Guilherme Santos para ações ofensivas, junto a Marco Antônio, Chay, Navarro e Diego Gonçalves.
O time não tem virtuosismo, mas a aplicação dos jogadores, aliada à estratégia, garantiu nove pontos.
O Vasco de Lisca voltou ao 4-3-3 e perdeu recuou duas casas. Alguém deveria ter contado ao treinador que o time de Marcelo Cabo só foi competitivo quando fechou os lados com Pec e MT, mostrando-se equilibrado e confiante.
O 4-4-2, disfarçado de 4-2-3-1, deu solidez defensiva e desconectou o Vasco das derrotas. Lisca não deveria se deixar iludir com os 4 a 1 sobre o Guarani.
Fluminense 3 x 0 Criciúma
Não era só vencer. Era também superar a pressão de três jogos perdidos, e depois construir a diferença de dois no placar. E havia mais: um campo com gramado castigado e um time da Série C, bem armado, jogando melhor do que alguns das Séries A e B.
E o Fluminense superou todos estes obstáculos. Só não conseguiu o encanto desejado. Mas aí é outra história. O time de Roger Machado, sob ponto de vista técnico e tático, esteve longe do esperado. Mas está nas quartas da Copa do Brasil.