Mais leveza
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (20)
Independentemente do resultado, uma coisa ficou clara na estreia de Tite no comando do time do Flamengo: os jogadores se mostraram mais leves e confiantes. Isso, pelo lado anímico. Na prática, sob o ponto de vista tático, bastaram 45 minutos para concluir que com organização e simplicidade a maior qualidade do elenco poderá, finalmente, fazer a diferença na reta final do Brasileiro.
Diante de um Cruzeiro pressionado pelo fantasma do rebaixamento, o novo treinador procurou fazer o mais simples, sem deixar de intervir no funcionamento. Abriu Gérson na direita, trabalhando infiltrações com Wesley, devolveu a liberdade para Ayrton Lucas encostar em Bruno Henrique na esquerda, e adiantou Thiago Maia para ajudar Everton Ribeiro na criação das jogadas.
Não foi um primor de atuação, mas foi uma vitória revigorante, sem sustos, obtida com mínimo esforço, em dois gols marcados nos últimos dez minutos do primeiro tempo.
A vantagem permitiu o Flamengo cadenciar o jogo no tempo final, poupando energias para enfrentar o Vasco no domingo.
Com Arrascaeta Gabriel Barbosa e Cebolinha indo a campo nos 20 minutos finais para a renovação do poderio ofensivo.
Alegria perdida
E claro que não havia dúvidas sobre a possibilidade de Tite devolver aos rubro-negros a alegria perdida ao longo de um ano tão ruim. Porém, o semblante dos jogadores mostrou que o retorno pode ser mais rápido do que se imagina. Difícil imaginar em título a esta altura da disputa. Mas encerrar o ano com a casa arrumada e a sensação de que é possível voltar a sonhar em 2024 já terá sido um alívio.
Influências
Numa rodada de gols bonitos e defesas difíceis, Botafogo e Vasco arrancaram os três pontos necessários para seus distintos objetivos. Mas foi com sofrimento.
Na vitória de 2 a 1 sobre o lanterna América/MG, em Belo Horizonte, o líder da Série A sofreu 24 finalizações, sendo necessário aplicação redobrada nos minutos finais para segurar a vantagem. E, no Rio, o 1 a 0 do Vasco sobre o Fortaleza, líder do returno, veio em função da entrega e da disciplina tática do time de Ramón Díaz no duelo com a bem treinada equipe de Juan Pablo Vojvoda.
Enfim… jogos que espelham o atual futebol brasileiro. A presença argentinos, uruguaios, colombianos e quetais tornaram os confrontos mais intensos. O giro é muito alto, e a capacidade de competir num ritmo mais forte definirá tudo o que se disputa nas partes de cima e de baixo da tabela. Vejamos!