Já foi tarde
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (22)
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Chamado no CT do Vasco onde não costumava aparecer todos os dias, Alexandre Mattos foi demitido do cargo de executivo de futebol de forma sumária. Não houve cobranças a respeito da eliminação no Carioca-2024, ou tampouco questionamento sobre a troca de mensagens com o jornalista Lucas Pedrosa. Mattos foi desligado pelo todo, que vai da ineficiência na condução das negociações de compra de jogadores ao comportamento inadequado e pouco alinhado ao modelo de gestão corporativa.
Mas uma frase especifica fez acionar o gatilho da demissão que já se discutia há mais de 20 dias nos bastidores da empresa: o trecho da conversa com o jornalista em que o diretor tenta se defender das cobranças sobre a insistência em trazer para o clube jogadores agenciados pelo agente André Cury.
“Quem me falou do nome do Breno foram eles mesmos. Por mim tanto faz quem viesse. Até porque, como já disse N vezes, não tenho o poder do sim ou do não. Quem escolhe ou avaliza é a comissão e os scouts da 777. Eu executo o que liberam. Sem problema. E está tudo certo.”
Lembrando que Ramon Diaz e Emiliano Diaz se queixavam de Mattos por ele ter demorado a acertar a vinda do atacante André Silva, do Vitória de Guimarães, de Portugal. O executivo insistia na aquisição de Breno Lopes, do Palmeiras, agenciado por Cury.
Lúcio Barbosa, o CEO, limitou-se a justificar a demissão de Mattos por “quebra de confiança”. Mas pessoas ligadas à gestão do futebol vascaíno contam que o board da 777 entendeu que a narrativa do diretor na troca de mensagens com o jornalista feriu protocolos de confiabilidade e expôs descomprometimento com as causas do clube. E ainda fez questão de compartilhar a tela com um amigo (sic).
É incrível que um profissional com perfil vencedor, responsável pela formação de time competitivos em clubes de diferentes praças tenha feito questão de colar às costas a pecha de incompetente e omisso.
Porque o trabalho de Mattos no Vasco em seus 100 dias de clube frustrou expectativas. À culminar com sua ausência na coletiva pós eliminação para o Nova Iguaçu quando era ele quem deveria ter colocado a cara à tapa pelo insucesso.
Quer saber? Já foi tarde.
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