Hora da virada
Comentários sobre o futebol, os clubes e os craques do esporte mais popular do planeta
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
No último sábado (20), os vascaínos festejaram os 25 anos do título da Copa Mercosul, na virada histórica que transformou aqueles 4 a 3 sobre o Palmeiras, no Parque Antártica, no “jogo do século”, por seu caráter histórico. Mas o dia seguinte, a quinta-feira (21), foi igualmente marcante para a adoção do clichê “O Vasco é para quem acredita!”, que hoje une clube e torcida na corrente de estímulo para o time que decide com o Corinthians o título da Copa do Brasil, no Maracanã. E eu tento explicar a razão…
Na ocasião, o Vasco vinha de três jogos sem vitória, jejum que fortaleceu a demissão de Osvaldo de Oliveira e a contratação de Joel Santana. Osvaldo queria dar folga aos jogadores após o 2 a 2.
Com o Cruzeiro, na semifinal do Brasileiro de 2000, em São Januário, e aquilo revoltou Eurico Miranda, o então vice de futebol, que já bufava por, entre outras coisas, o time ter permitido o empate com 2 a 0 no placar. O cartola assumiu o ato sumário e foi para a final, quatro dias mais tarde, com Joel no comando.
Com o troféu conquistado, Eurico reuniu a sós com os jogadores, já na tarde do dia seguinte, e disse que liberaria alguns titulares do jogo da volta contra o Cruzeiro, dois dias depois, no Mineirão. Sobretudo Romário, que daria vez a Viola. O “Baixinho” recusou. Queria ter a oportunidade de conquistar um título do Brasileiro e defendeu repetir a escalação daqueles que se sentissem bem. Acabou puxando a fila: Juninho Paulista, Jorginho, Junior Baiano… ninguém quis ficar fora.
Naquele encontro fechado ecoou então a voz de um “intruso” que, antes mesmo de o cartola bater o martelo, sentenciou: “Doutor, vamos com tudo: o Vasco é para quem acredita!” Era Fernando Lima, o então fisioterapeuta de Romário, hoje conhecido como o popular Zé Colmeia. Eurico reagiu intempestivamente, questionou a presença, frisou que o assunto não lhe dizia a respeito, mas logo afrouxou com a gargalhada geral.
Neste domingo (21) em que o ainda desacreditado time de Fernando Diniz entra em campo para tentar encerrar o jejum de 14 anos sem titulo nacional, nove de sua última conquista, o lema cunhado há 25 anos, une os corações vascaínos. Porque mesmo surrado com o uso corriqueiro Brasil afora, nunca foi tão importante acreditar que o Vasco pode fazer deste jogo o marco de nova virada histórica.
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