Gilmar Ferreira. |  Foto: Divulgação

Tanto quanto o 0 a 0 que deu ao time a chance de decidir o titulo da Copa do Brasil, neste domingo (14), no Maracanã, em igualdade de condições, foi reconfortante ver o Vasco controlar o jogo e ditar o ritmo jogando na Arena Itaquera. O Corinthians que Dorival Junior levou a campo no primeiro jogo da final para buscar a vantagem, qualquer que fosse ela, não teve espaços no campo de ataque, e foi eficientemente neutralizado pelo time de Fernando Diniz.

O Vasco jogou para vencer, não deixou o adversário se impor, coisa rara em jogos do time como visitante, e quase voltou com a vantagem na bola que Barros cabeceou na trave. Atuação perfeita, dentro do plano de jogo elaborado por Fernando Diniz.

O que não transforma o Vasco no favorito para a conquista do título, agora jogando como mandante. O duelo segue empatado e os 90 minutos finais serão igualmente equilibrados e bem disputados.

Percebe-se no semblante dos jogadores do Vasco o quanto eles acreditam na força do conjunto construído por Diniz.

E o quanto estão dispostos a se entregar pela conquista deste título que dará a eles um final de ano feliz, a oportunidade de estar na Copa Libertadores de 2026 e um lugar de luxo na história de um clube carente de títulos.

Mas querer não é tudo: o time precisa ser mais eficiente na fase ofensiva, e em especial nas finalizações.

Apesar da sensação de que recuperou a competitividade nos últimos três jogos, à partir do encaixe dos volantes Barros e Thiago Mendes e da dinâmica da dupla de ataque, Rayan e Andrés Gómez, há ainda alguns senões.

Um deles, o fato de não vencer ou fazer gol há dois jogos - embora finalize de onze a 14 vezes por jogo. E isso precisa ser visto. Em 2022, o Corinthians empatou os dois confrontos com o Flamengo e perdeu nos pênaltis.

Impossível esquecer que Vasco e Corinthians, respectivamente, 13° e 14° na Série A do Brasileiro, eliminaram Fluminense e Cruzeiro, 5° e 3° colocados na competição.

Ou seja: os dois têm recursos para surpreender o oponente, o que aumenta a imprevisibilidade do duelo.

Tendo a crer que será uma partida definida por detalhes e condicionada ao cumprimento da estratégia traçada pelos dois treinadores. Com o Vasco tendo a favor dele o sopro de 65 mil vozes a empurrar o time.

Não sei se a conquista mudará o patamar do Corinthians. Mas, no caso do Vasco, reescreve o futuro.