Herança de Wílson Witsel
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (23)
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
As palavras sinceras de um constrangido Paulo Henrique Ganso, em entrevista à ESPN, sobre os problemas com o gramado do Maracanã, esvaziam as considerações da diretoria do Fluminense quanto ao impacto causado pela disputa da partida entre Vasco e Atlético/MG, no último domingo. Discussão delicada, reconheço, que se origina da forma açodada e irresponsável do Estado, para dizer o mínimo, no encaminhamento de um tema tão espinhoso.
Já relatei aqui, e é chato ficar repetindo, que a entrega do cartão-postal do Rio de Janeiro para um consórcio formado pela dupla Flamengo e Fluminense foi fruto de um movimento político bem articulado pelos rubro-negros com o governador Wílson Witsel, cassado por improbidade administrativa.
E que levou tricolores a tiracolo, em primeiro plano, porque era complicado deixar de fora quem já tinha contrato com a antiga concessionária.
Segundo, porque a presença de um segundo clube traria a ideia de que o poder público estaria agindo em benefício do futebol carioca e da população, uma vez que Vasco e Botafogo já tinham onde mandar seus jogos.
E para dar um ar de seriedade ao termo de licitação para o uso provisório condicionou-se à obrigação de cessão do estádio a outros clubes nas datas disponíveis.
Tudo balela, e o Vasco não tardou a perceber, tanto que recorreu imediatamente à Justiça ao perceber que fora deixado de lado de forma escancarada. Com narrativa pronta do governador cassado alegando que o clube não havia demonstrado interesse em gerir o estádio. O que nunca foi verdade. Mas isso é outra história.
O fato é que nem o próprio “Consórcio Maracanã” consegue cumprir o que ele mesmo anuncia. Basta rever a entrevista que Severiano Braga, o CEO da empresa, deu ao Diário Lance! após a instalação do gramado híbrido, em março do ano passado, anunciando que o novo piso suportaria a carga de 70 jogos por ano e sem a necessidade de interrupções no calendário. São 56 jogos realizados e vimos como já se encontra.
Não é questão de defender A, B ou C. É jogar luz sobre discussão que não é técnica, é política e financeira.
Flamengo e Fluminense fizeram nove jogos contra os chamados pequenos no Maracanã. Atuou em Cariacica e Brasília em três jogos sem o mando – mas com apoio em massa dos torcedores. O palco maior do futebol deveria ser dos grandes jogos. Não de um ou de outro clube, como na herança de Witsel.
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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