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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Grito de alerta

Coluna foi publicada no domingo (24)

Gilmar Ferreira | 25/03/2024, 12:08 12:08 h | Atualizado em 25/03/2024, 12:07

Imagem ilustrativa da imagem Grito de alerta
Defensor da Juventus e da Seleção Brasileira falou sobre os casos Robinho e Daniel Alves |  Foto: Reprodução/Instagram

As palavras do lateral Danilo, em Londres, sobre a postura que o jogador de futebol deve assumir diante de casos de violência de gênero, foram o que a classe já produziu de melhor desde que os mais recentes crimes de violência sexual cometidos por homens do esporte deixaram a gaveta da impunidade. Do resgatado caso Cuca, condenado na Suíça, a Robinho preso quinta-feira (21) no Brasil por estupro coletivo na Itália, passando por Daniel Alves em cárcere na Espanha, também por violência sexual.

Coincidentemente, os três crimes praticados por futebolistas brasileiros em solo europeu em diferentes décadas. O que nos dá a sensação de expor, além do talento do jogador brasileiro, um tanto da nossa dificuldade na criação do “macho cidadão”.

A rotulação e a generalização não acrescentam nada à discussão, mas as declarações do mais antigo representante da categoria na seleção brasileira nos abrem a possibilidade de assumir que (de novo!) falhamos como sociedade. E algo precisa ser feito - e rápido!

Danilo, jogador Juventus, da Itália, tem 32 anos e está há onze temporadas no futebol europeu. Passou por Portugal (Porto), Espanha (Real Madrid), Inglaterra (City) e Itália.

Se ele diz que os casos refletem as mazelas da sociedade, e que a CBF precisa atuar ativamente pelo letramento de jovens que ingressam na base da pirâmide, é porque o problema é mesmo estrutural. Deixa aberta a possibilidade de imaginarmos que esse tipo de crime pode ter se naturalizado no mundo do futebol. Me soa como grito de alerta.

Chegou a hora, portanto, de um mutirão em prol do letramento. E entenda este termo tão em voga como o emprego adequado da leitura e da escrita nas práticas sociais. O indivíduo precisa estar apto para viver em sociedade alinhado à códigos de conduta inegociáveis.

E desconstruir a imagem da mulher como objeto é apenas uma das missões que nos cabe. Assim teremos a necessária equidade de gêneros e a partir dela condições mais favoráveis para desfrutar dos benefícios de uma sociedade melhor.

Danilo passou a mensagem de forma tão clara e objetiva, com reflexões inspiradoras, empáticas e expressivas, que realmente me senti tocado pelo tema.

Talvez até eu nem tenha lugar de fala na discussão desta pauta, ainda que me dedique a ler mais sobre o assunto. Mas entendi claramente a mensagem. Se não fizermos nada de concreto, seguiremos pobres de espírito, envergonhando o mundo e no Top 10 do ranking de feminicídio.

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