Frieza estratégica...
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (01)
Com exceção da edição da Série A do Brasileiro de 2020, que teve o impacto da covid, desde 2011 não vemos o título ser decidido na última rodada. Geralmente, o líder descola dos perseguidores e joga as duas ou três rodadas finais com o troféu debaixo do braço. É mais ou menos o que o confronto entre Botafogo e Palmeiras, a ser disputado no Nilton Santos, nos mostrará esta noite. No modelo dos pontos corridos, é o jogo que dá o tom da emoção para a reta final da competição.
Estou convicto, ainda, de que o líder tem gordura suficiente para quebrar o jejum de 27 anos. A ponto de questionar se há mesmo necessidade de o time adotar postura proativa em jogo contra um adversário mais acostumado a confrontos decisivos.
Como tem seis pontos de vantagem, uma partida a menos, e joga em seu próprio campo, o time de Lúcio Flávio tem a prerrogativa de dizer que ritmo quer dar à partida. Porque não precisa da vitória. Ao menos, em tese, este é um discurso que lhe alivia as costas.
Se esfriar o ímpeto dos comandados de Abel Ferreira, não se deixando levar pela ansiedade, o Botafogo terá mais chances de confirmar as expectativas. Vejamos...
Outra decisão
Tite pisou no gramado do Mané Garrincha ontem pela manhã e viu que o aspecto ruim em determinados pontos do campo é mais de ordem estética do que técnica. E assim sendo acredita que o Flamengo terá o suficiente para trazer de Brasília os três pontos que lhe escaparam em Porto Alegre: torcida a favor, melhores jogadores e um excelente gramado para se exibir. Mas sabe que o Santos, sem o artilheiro Marcos Leonardo, explorará as arrancadas de Soteldo.
Treta
Lula falou o óbvio quando disse que para ganhar a bola de ouro, honraria máxima do futebol mundial, o jogador tem de se doar ao máximo, abdicando das noitadas e se dedicando à vida de atleta.
A fala foi em exaltação à consagração de Messi, que na segunda-feira (30), aos 36 anos, recebeu no Teatro de Châtelet, em Paris, o seu 8º troféu oferecido pela France Football. No viés político, houve quem encarasse a fala do presidente como indireta a Neymar. E pode até ter sido. Mas, como ele falou em usar a imagem do craque argentino como exemplo à “meninada”, entendo que o brasileiro, a três meses de completar seus 32 anos de idade, já não se enquadra mais como alvo da narrativa.