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Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
A diretoria do Botafogo sabe que tem um problema dos grandes para resolver: Paulo Autuori não quer mais estar à beira do campo, na função de treinador, cargo que ele aceitou assumir em fevereiro com a condição de passar à direção executiva da pasta com a criação da S.A. que cuidaria do futebol do clube.
O caso tem sido empurrado com a barriga e a demora trouxe desgaste à relação entre treinador e o comitê executivo. Autuori tem feito cobranças e a impaciência aumenta na medida em que alguns torcedores o responsabilizam pelos resultados que não chegam conforme o esperado.
O time, que hoje enfrenta o Bahia no estádio Nilton Santos em jogo da primeira rodada adiado por causa do conflito de datas com o Campeonato Baiano, venceu um só jogo dos 11 que fez na Série A do Brasileiro. Apesar de ter apenas duas derrotas, empatou oito partidas e hoje precisa dos três pontos para sair do Z-4.
Autuori tem ideias interessantes para a montagem de um projeto de construção de um DNA alvinegro. Percebo que ele tenta fazer com que entendam a necessidade do Botafogo em criar um círculo vicioso entre revelar e vender atletas ao tempo em que investe em estrutura e na formação de um time mais maduro.
O trabalho não é fácil – e os resultados não vêm de um dia para o outro. Mas não há outra saída para o Botafogo, principalmente enquanto o projeto do clube-empresa não sair do papel. Aliás, precisa sair do papel e ter sucesso na captação de dinheiro com os investidores, ação que depende da volatilidade do mercado.
Em suas últimas entrevistas no pós-jogo, Autuori vem deixando claro o incômodo com as cobranças, ainda mais quando ocorrem em função de uma falha individual ou de um erro da arbitragem. No 0 a 0 em casa com o Santos, por exemplo, chegou a dizer que seu tempo no cargo já extrapolou o combinado com a direção.
E eu o entendo claramente. Campeão nacional, sul-americano e mundial, Autuori não tem mais paciência com essa mentira que é o futebol brasileiro. O Globoesporte.com mostra que do dia 12 de agosto até aqui foram sete dias de treinos para a disputa das 11 rodadas do Brasileirão e duas da Copa do Brasil – um jogo a cada três dias.
Se é tarefa difícil para o técnico de um time já formado e bem experimentado, imaginem para aqueles que vão a campo em trabalho de formatação das ideias e sem um número ideal de jogadores capazes de suportar física e emocionalmente a série insana de jogos? Pois é...
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