Em evolução...
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Grêmio e São Paulo fazem hoje o primeiro jogo de uma das semifinais da Copa do Brasil, e este confronto é temperado pelo duelo entre dois técnicos brasileiros com trabalhos autorais bem interessantes. Cada um a seu estilo, separados por 12 anos de diferença entre eles, Renato Gaúcho, de 58, e Fernando Diniz, de 46, representam o que há de melhor em termos nacionais entre duas diferentes visões de jogo competitivo.
Um gosta de variar a intensidade, não se incomodando de, por vezes, fazer valer o futebol reativo; e outro, mais centrado no volume de jogo, prega que a posse de bola seja o golpe que asfixia o oponente.
Reservas
Pena que tanto Renato quanto Ceni ainda sejam vistos com reservas por boa parte da crítica – embora não seja sem razão, registre-se.
Os treinadores brasileiros, acomodados pelos altos salários pagos pelos clubes do país na última década, perderam a marcha do desenvolvimento profissional.
E não fosse a CBF exigir um mínimo de horas de capacitação acadêmica para legitimar a formação do treinador brasileiro, não tenho dúvidas de que, em conceitos táticos, a estagnação seria ainda mais gritante.
Ainda, portanto, que eu veja o CBF Academy mais como um modelo de negócio lucrativo para a entidade, sua contribuição é inegável.
Qualidade
Semanas atrás, o coordenador dos cursos técnicos da entidade, Maurício Marques, dizia ao Sitrefesp (Sindicato dos Treinadores Profissionais do Estado de São Paulo) que a qualidade das aulas aplicadas nos cursos de formação dos treinadores não deixa a desejar ao que é ministrado pela Uefa na concessão de suas licenças.
E como membro da comissão técnica docente da Conmebol, diz que o intercâmbio com profissionais de outros países da América do Sul mostra o quão evoluído o Brasil está no processo de formação de seus treinadores.
Pode até ser. Mas o próprio Maurício Marques lamenta o fato de os brasileiros não serem valorizados sequer na América Latina, hoje ocupada por 66 técnicos argentinos - 58 nas Américas do Sul e Central.
Carlos Alberto Parreira, ainda integrante do grupo de estudos técnicos da Fifa, diz que o baixo aproveitamento é consequência da barreira do idioma. Neste momento, metade dos treinadores que disputam a Série A do Brasileiro tem até 50 anos, com três deles abaixo dos 40.
Talvez, se investissem um pouco mais na formação, venceriam a desconfiança sobre a qualidade de seus trabalhos...
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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