Vasco segue no mercado a fim de suprir carências do elenco comandado por Ramón Díaz |  Foto: Leandro Amorim/Vasco

Apesar das frustrações recentes em operações que visavam suprir carências do elenco vascaíno, o diretor de futebol Alexandre Mattos segue no mercado atrás de jogadores. Cautelosamente, corre atrás de um goleiro para a vaga deixada por Ivan, que se transferiu para o Internacional-RS; um lateral-esquerdo para a reserva de Pitton; um volante que dê sustentação ao setor; e um centroavante que possa substituir Vegetti.

Se a venda de Marlon Gomes for concretizada, poderá buscar um atacante de lado para compor as opções de ataque.

Ou seja: Ramón Díaz ainda tem um déficit de pelo menos cinco peças para fechar o elenco que essa semana retoma aos treinos no Rio de Janeiro.

O Vasco não nada em dinheiro, mas tem quem lhe garanta suporte financeiro para a montagem do time. E o que falta, então, me perguntam os mais ansiosos?

Falta entender que a relação com os americanos da 777 Partners não será como sonham os torcedores. Quem tem a chave do cofre parece não estar disposto a aceitar a ciranda que faz o dinheiro escorrer pelo ralo dos negócios questionáveis.

Exemplos

Os exemplos estão por todos os lados e só não vê quem não quer. A tentativa de ser mais assertivo fez com que os clubes europeus investissem mais em análises de mercado e canalizassem suas ações para jovens talentosos e em formação.

Por aqui, investem por achismo e descartam por paixão. Voltemos, então, ao caso do Vasco. Quem assume o risco pelos gastos com Palácios, Pedro Raul, Pumita, Capasso, Orellano, Bambu e Sebastian Ferreira? E se Orellano, que ainda fará 24 anos, estiver desabrochando? Quem se lembra da vinda de Dario Conca?

Este frenesi só faz enriquecer os agentes e estimular as histórias enviesadas envolvendo diretores espertalhões.

Está claro, portanto, ao menos pra mim, que a busca por reforços nestes tempos de redes sociais exige de fato um olhar mais criterioso. O Palmeiras fez isso no ano passado, e colheu frutos esportivos e financeiros.

Flamengo

O Flamengo levou alguns meses até concluir que Pulgar era um titular imprescindível. O Fluminense fez a vontade da torcida e liberou Caio Paulista, há pouco cobiçado por São Paulo e Palmeiras. E por aí vai… este filtro que hoje tem o sabor da mesquinharia pode ser a chave de um modelo mais responsável. Quem sabe?