Coração na mão
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (29)
Foram poucas as vezes que uma edição da Série A do Brasileiro foi decidida na última rodada, como deverá ser a deste ano. Precisamente, seis das 20 realizadas desde 2003. A última delas (vocês lembram!), em 2020, espetacularmente decidida após a anulação pelo VAR de um gol do Internacional nos minutos finais de um confronto com o Corinthians, no Beira Rio.
O Flamengo, que acabou campeão, perdera para o São Paulo (2 a 1) no Morumbi e bastava um gol do clube gaúcho para por fim no jejum que era de 40 anos.
As outras cinco (2004, 2008, 09, 10 e 11) também tiveram um alto grau de dramaticidade, mas nenhuma delas com a presença de quatro reais postulantes ao título como na edição deste ano.
Rali
A três rodadas do fim, Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Atlético/MG disputam um rali inédito. Mas com chances de Grêmio e Bragantino tirarem proveito de tropeços de palmeirenses e rubro-negros aparecendo na penúltima rodada a um ponto da liderança.
A presença de cinco clubes na luta pelo título refletiria o que foi a competição deste ano.
A 36ª e antepenúltima rodada da Série A, iniciada na terça-feira (28) enquanto escrevia essa coluna, nos reserva jogos interessantes. A começar pelo Flamengo x Atlético/MG, do Maracanã, muito provavelmente decisivo para as pretensões dos dois.
O Galo, em caso de derrota, terá de se contentar com a briga por vaga no G-4. Por isso, custo a crer que Felipão se deixará levar pela tentação de tentar a vitória a qualquer preço.
Principalmente, sabendo que do outro lado há um Flamengo comandado por Tite. E este duelo de à beira do campo dá ainda mais charme à partida.
Duelos
Dois outros duelos que chamam atenção são partidas da parte de baixo. Uma, confrontando o São Paulo de Dorival Júnior com o Bahia de Rogério Ceni; a outra com o Cruzeiro do dupla Ronaldo e Paulo Autuori medindo forças com o Athletico/PR de Alexandre Mattos e Victor Roque.
Dois jogos com enredos extra-campo e relevância no desfecho do Z-4, afora o enfrentamento estratégico entre seus treinadores.
Não custa lembrar que esta caminha para ser a mais alta linha de corte depois da queda do Coritiba com 45 pontos, em 2009.
Portanto, nos próximos seis dias o jeito é mesmo manter o simulador aberto com as projeções em dia e o coração na mão… E seja o que Deus quiser!