Classificou, mas...
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (21)
O Fluminense engoliu o Grêmio de tal forma no primeiro tempo do segundo playoff das oitavas de final da Libertadores, disputado no Maracanã, que ficou difícil aceitar que o time de Árias, Ganso e cia. tenha aproveitamento tão baixo na Série A do Brasileiro. O Grêmio de Renato Gaúcho foi dominado, amarrado e abatido com dois gols em meia hora de jogo. Não fosse a habitual e inexplicável queda de rendimento no segundo tempo, a classificação tricolor teria sido merecidamente obtida no tempo regulamentar.
A pergunta que martela minha cabeça não busca saber o que fez Mano Menezes para que o Fluminense jogasse tão bem o primeiro tempo desta partida - afinal, levantamento feito na semana passada pelo estatístico Júlio César Cardoso, publicado pela revista Trivela, mostrou que, no Brasileiro, o time venceu 50,8% das disputas nesta etapa.
O que me incomoda é saber por que a queda de rendimento nos minutos finais? Queda que quase azedou o pudim tricolor, depois de início memorável.
O Grêmio renasceu na partida com as entradas de Cristaldo e Gustavo Nunes, fez um gol e teve um outro anulado por um bico de chuteira.
A classificação tricolor às quartas veio então na disputa de pênaltis, com Fábio evitando o gol nas cobranças de Nathan e de Cristaldo.
Merecido triunfo, sobretudo pelas atuações de Ganso e de Árias, mas que não desfaz a insegurança pelo mau desempenho nos 45 minutos finais.
E não dá para jogar a conta na faixa etária do time, que foi de 30,2 anos - a do Grêmio, 30,1.
Duelo no parque
Agora, é a vez do Botafogo, que também saiu em vantagem por 2 a 1 no primeiro jogo do playoff com o Palmeiras, no Nílton Santos.
A goleada (4 a 1) sobre o Flamengo aumentou as expectativas dos alvinegros, mas se há algo a se destacar na era Abel Ferreira é a vocação do técnico de recriar a capacidade competitiva do time.
Copa do Brasil
Os confrontos das quartas de final da Copa do Brasil colocaram o Flamengo num caminho confortável para a disputa do título.
Medirá forças com o Bahia de Rogério Ceni, o único clube entre os oito a não ter este título em sua galeria, e passando, enfrentará o vencedor do confronto entre Corinthians, que luta contra o rebaixamento no Brasileiro, e Juventude, time de menor investimento nas quartas.
Chance e tanto para Tite fazer valer a fama de bom estrategista e levar o clube à final.