Calma, Tite!
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (19)
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
Não sei bem em que base teórica Tite se escora para concluir que o Campeonato Carioca é o mais difícil ou bem disputado do País. Mas, considerando que o jogo de quarta-feira (17), contra o Audax, em Manaus, foi seu primeiro nesta seara, entendo que o treinador do Flamengo se deixou levar pela emoção de ter visto a Arena ocupada por mais de 40 mil torcedores logo na partida de abertura da temporada.
O Estadual do Rio de Janeiro há muito deixou de ser competição de bom nível técnico. Mas o que desfaz qualquer possibilidade de ser o campeonato mais forte do País em termos regionais é o número de equipes classificadas para as quatro divisões nacionais.
No último ano, foram oito cariocas nas Séries A, C e D, com metade deles nas duas últimas. E o fato de não ter um só “pequeno” na segunda divisão é emblemático.
São Paulo, por exemplo, teve 16 clubes (exatamente o dobro!) nas quatro séries, sendo cinco na A, seis B, um na C e quatro na D. Não à toa, nas últimas 20 edições em oito houve ao menos um clube diferente dos quatro grandes na final.
Fora quando dois deles não decidiram o título como em 2004, entre São Caetano e Paulista. No Rio, neste mesmo recorte, apenas duas vezes se viu a presença de um “pequeno” numa final.
Foi portanto, um arroubo juvenil daquele que pra mim ainda é um dos treinadores com a melhor comissão técnica do continente. Porque não gosto de fulanizar os trabalhos. Tite não monta times competitivos e vitoriosos por ser conhecedor de modelos táticos insuperáveis.
Como o futebol é cada dia mais multidisciplinar, o sucesso nos dez últimos anos foram obras construídas também por auxiliares de primeira linha.
A goleada de 4 a 0 sobre o Audax logo no jogo de estreia agradou porque se viu um Flamengo sem o ranço do início de temporada. O adversário, de um nível distante, não ofereceu a menor resistência, ok.
Mas nesta fase o importante foi perceber a capacidade física dos jogadores para executar os movimentos que potencializam a qualidade individual e coletiva. O que evidencia o acerto da direção ao antecipar sua chegada.
É como se o Flamengo tivesse largado em vantagem, fazendo exatamente o oposto do que planejara na passagem de 2022 para 2023. Salvo as correções de rumo geradas pelo imponderável do futebol, o último ano da gestão de Rodolfo Landim não será como aquele que passou…
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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A coluna de Gilmar Ferreira traz análises diretas e bem fundamentadas sobre o futebol brasileiro, combinando opinião, bastidores e leitura crítica do esporte. Com linguagem acessível e olhar experiente, Gilmar comenta desempenho de clubes, decisões de dirigentes, comportamento de jogadores e os movimentos que moldam o futebol dentro e fora de campo. Suas colunas exploram não apenas resultados, mas contexto, estratégia e impacto, oferecendo ao leitor uma visão mais profunda do jogo e do cenário esportivo atual.