Além das expectativas…
Coluna publicada neste domingo no jornal A Tribuna
Gilmar Ferreira
Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
O Botafogo melhorou com a chegada do lateral-esquerdo Marçal, ótimo jogador, verdadeiro achado da era John Textor. E subiu o padrão ofensivo com o meia-atacante Carlos Eduardo, genro do ídolo Bebeto, que quer ser chamado pelo segundo nome. Mas o time de Luís Castro que hoje mede forças com o São Paulo, subiu mesmo de patamar a partir da presença de um jogador em especial: Tiquinho Soares, o centroavante paraibano de 31 anos que saiu desconhecido do Brasil e fez história em cinco temporadas no Porto, de Portugal, e duas no Olympiakos, da Grécia.
Quando estreou na vitória sobre o Fortaleza no início do mês passado, o Botafogo tinha aproveitamento de 33,3% dos pontos, com 27 em 23 rodadas. Desde então, nos seis jogos disputados com sua nova referência ofensiva, o time subiu para 72,2%. Venceu quatro, empatou um e perdeu apenas para o líder Palmeiras. Com pontual melhora no rendimento, saiu dos 33,3% para 44,4% no computo geral. Tiquinho não custou a entender o sistema. Deu mais dinamismo à movimentação do time nas jogadas de ataque, fez três gols e garantiu a vitória em duas partidas.
É evidente que não estamos falando de nenhum fenômeno. Mas um olhar abrangente percebe a quão certeira foi a escolha. Tiquinho perdeu apenas seis dos 31 jogos disputados este ano – 25 pelo Olympiakos. E sete em 34 partidas com a camisa do Tianjin Tiger, da China, em 2020. É, portanto, um jogador competitivo, modelado pelo padrão de jogo europeu e acostumado a trabalhos sem muita conexão com derrotas. Tudo que Luís Castro precisava para ter um pouco mais de eficácia. O Botafogo já tinha bom padrão, mas a partir do encaixe do centroavante mudou o patamar.
A questão agora é saber aonde poderá chegar o time formado de forma desafiadora durante a temporada. O cata-cata promovido por Textor no segundo escalão do mercado árabe e europeu, com investimentos pontuais no produto nacional, possibilitou a formação de um elenco de bom nível. E o confronto com o São Paulo de Rogério Ceni, no Morumbi, oferece a possibilidade de medirmos se o time do português Luís Castro tem força para obter uma vaga na Libertadores.
Com 40 pontos e oito jogos a cumprir o Botafogo se classificará à Copa Sul-Americana se mantiver 44,4% de aproveitamento. Chegará a 51 e com esta pontuação se garante no torneio. Mas se tiver os 72,2% dos últimos seis jogos, somará mais 17 pontos. E com 57 pontos estará brigando por posições entre o sexto e o oitavo lugares. O que estaria muito além das minhas expectativas…
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Gilmar Ferreira é jornalista esportivo com passagem por veículos como O Dia, Jornal do Brasil, Lance! e Extra. Reconhecido por sua apuração e análises sobre futebol, foi também comentarista da Rádio Globo. Atualmente, é colunista do jornal Tribuna e do Tribuna Online, onde escreve sobre clubes, bastidores e o cenário do futebol brasileiro.
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