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Gilmar Ferreira

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Colunista

Gilmar Ferreira

A ciência explica

Desempenho europeu decepciona no Mundial; clima, gramado e fim de temporada explicam vantagem dos brasileiros nas primeiras rodadas

Gilmar Ferreira, colunista do jornal A Tribuna | 23/06/2025, 14:14 h | Atualizado em 23/06/2025, 14:14

Imagem ilustrativa da imagem A ciência explica
Gilmar Ferreira |  Foto: Arquivo/AT

É incontestável: o desempenho dos clubes europeus está abaixo das expectativas. Mesmo com as vitórias apertadas do Borússia e da Inter de Milão, ontem, os 63% de aproveitamento dos pontos (38 em 60) ainda surpreende. Segue inferior aos 76,6% dos sul-americanos, que somam 23 dos 30 pontos disputados nas duas primeiras rodadas - sem contar o jogo do River Plate pelo Grupo E, e o do Fluminense pelo Grupo F. A questão é saber a razão disso.

Em explicação mais aprofundada um profissional da ciência do esporte que acompanha uma das quatro delegações brasileiras na competição me explicou que a discussão não se reduz ao fato de os europeus estarem em fase de transição na temporada, intervalo entre o final de uma e o início da outra. A análise, nas palavras dele, é “multifatorial“, mas com mais ênfase à “adaptabilidade” ao cenário climático e estrutural adverso para o padrão europeu.

O anonimato que o protege por burlar as regras da comunicação do clube, não impede confissões. Uma delas: os profissionais dos clubes brasileiros trocam análises sobre o que se vê.

“Na percepção das comissões, o clima seco está deixando o gramado mais seco e mudando a velocidade da bola. E tem impacto no jogo deles, mais acostumados a pisos rápidos pela unidade europeia. Mas é só um dos fatores que, somados, equilibram as forças. Como a fadiga mental, comum em final de temporada”, diz.

A vinda de treinadores europeus para o futebol brasileiro provocou o intercâmbio entre profissionais de diversas áreas da preparação. E isso somado à qualidade dos jogadores trazidos pela política de investimento mais arrojada, acelerou o fortalecimento. Ele diz que a presença dos portugueses contribuiu para a evolução global do futebol brasileiro. “Há estudos mostrando aumento de 30% no investimento em recursos humanos dos clubes brasileiros que hoje adquirem jogadores com maior valor de mercado”, lembra.

Não quer dizer que os brasileiros Botafogo, Fluminense, Flamengo e Palmeiras sejam favoritos para a conquista do Mundial. Só que o desnível técnico é tático já não é percebido quando o confronto ocorre em condições climáticas e estruturais desfavoráveis aos times europeus.

Pelo o que foi possível entender, se os jogos estivessem sendo disputados em solo europeu, e nessa mesma época do ano, a superioridade dos elencos mais valiosos talvez se confirmasse. Como o cenário é mais próximo da realidade sul-americana, aumentam as chances dos times brasileiros mais bem estruturados - casos de Flamengo e Palmeiras. O que não elimina as chances de Botafogo e Fluminense chegarem ao título. Já não duvido de nada.

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