A batalha das bets
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (19)
Assediado nas últimas semanas por duas empresas do ramo das apostas esportivas, o Flamengo negocia com a Pixbetmesa, patrocinadora master do seu uniforme, possíveis alterações nos termos do contrato assinado no final do ano passado. Entre elas, a prorrogação do acordo firmado por dois anos (2024/25), evidentemente, com a majoração dos valores. Atualmente, a casa de apostas paga R$ 85 milhões por ano. Especula-se que no novo acordo a cota possa beirar os R$ 100 milhões anuais.
Segundo fontes deste mercado, a Betano, que recentemente deixou de ser a patrocinadora master do Fluminense, é uma das empresas interessadas. Foi o que teria deixado escapar o grego Tomasz Majewski, executivo da Kaiser Gaming International, responsável pela área de patrocínio da Betano no Brasil, em sua passagem pelo Rio de Janeiro, na última semana.
Ele veio ao país para celebrar o contrato de parceria com a CBF para o “naming rights” das Séries A e B do Brasileiro e chegou a tratar do tema, informalmente.
O Flamengo, até onde a apuração pôde avançar, está satisfeito com a relação com a Pixbet. Mas é certo que o contrato de R$ 120 milhões por ano assinado pelo Corinthians, em janeiro, com a “Vai de Bet”, para um período de três anos, mexeu com o mercado.
E passou a ser usado como um parâmetro nas discussões entre clubes e casas de apostas. No início deste mês, o Fluminense, por exemplo, rompeu o contrato de R$ 25 milhões anuais com a Betano para assinar com a Superbet por R$ 42 milhões - e que pode chegar a R$ 55 milhões.
Movimento semelhante ao do Vasco, que em janeiro, ao saber do acordo dos rubro-negros com a Pixbet, que lhe pagava R$ 22 milhões por ano pela cota de patrocinador master do uniforme, rompeu o contrato.
O novo patrocinador, já acertada, deverá ser anunciado nos próximos dias. Lógico: trata-se de uma casa de apostas e o valor do contrato, segundo se especula, irá superar os possíveis R$ 55 milhões do contrato firmado pelos tricolores. É assim: um vai puxando o outro.
Ou seja: os R$ 85 milhões que garantiam aos rubro-negros o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro foram superados pelos corintianos e a partir de então os executivos dos clubes e das empresas que controlam as casas de apostas aquecem o mercado em busca de um retorno ainda imensurável.